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Politica Brasil
Quinta - 21 de Abril de 2005 às 08:20
Por: Marcos Lemos

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“O PPS não é e não será um acampamento de adesistas. Perder os políticos que perdeu não é perda, é ganho. O partido fica mais sério. Quem quiser ficar num partido apenas para aderir ao governo não é com o PPS”, disse o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire, em entrevista ao Jornal Valor Econômico que circulou ontem, página A9, para Rosângela Bittar, chefe de reportagem em Brasília. Freire, que foi procurado pelo Diário, não retornou as ligações feitas para seu gabinete no Congresso Nacional.

Com essas declarações, Roberto Freire afasta o governador de Mato Grosso dos quadros do PPS. Tanto que, nos últimos dias, Maggi voltou a se reunir com vários líderes partidários para viabilizar o processo de reeleição e possivelmente uma nova sigla para se abrigar com seu grupo político. Mesmo negando que vá sair da sigla pepessista, a situação vai se tornar precária com a posição do deputado e presidente do PPS nacional, Roberto Freire.

Freire admite na entrevista que o PPS vai sobreviver à provável saída dos dois governadores, Blairo Maggi que enfrenta problemas com a verticalização para sua reeleição e Eduardo Braga do Amazonas que está propenso a ir para o PMDB, além dos três senadores, o ministro Ciro Gomes e alguns deputados federais que na sua concepção não foram eleitos pelo PPS que tinha 15 parlamentares no início do mandato e não os atuais 23. “Da mesma maneira que vieram, saíram”, limitou-se a dizer Roberto Freire.

Disse ainda o presidente nacional do PPS que é necessário se buscar a razão pela qual esses políticos procuraram o partido. “Há os que não fariam oposição nunca, porque são adesistas – num primeiro momento não havia sido canalizada a adesão para o PTB, o PL ou o PP -, e imaginavam que poderiam vir para o PPS e se dariam bem. O partido se afastou do governo, eles se afastaram do partido”, frisou.

Quando esteve em Cuiabá, no início deste ano, para tentar demover o governador Blairo Maggi a não sair da legenda, Roberto Freire enfatizou que a decisão da saída é pessoal, e apenas defendeu o fim da verticalização, o que permitiria ao governador permanecer na sigla e apoiar a reeleição do presidente Lula, bem como receber o apoio de outros partidos no processo de reeleição em Mato Grosso. Freire chegou desconfortável e saiu mais ainda, no entanto, em nenhum momento pediu que o governador Blairo Maggi revisse sua decisão, ou admitiu que o partido não teria candidato à presidência da República.

“Não tenho receio do futuro do PPS, pois ele vai ficar maior na opinião pública, que é o que importa para um partido que sai do governo num momento em que as pessoas se agacham, se subordinam, jogam fora biografias, para ter um cargo”, disse Freire.




Fonte: Diário de Cuiabá

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