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Politica Brasil
Quinta - 21 de Abril de 2005 às 07:43
Por: Lígia Tiemi Saito

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Mesmo com o Congresso Nacional em debate pela proibição do nepotismo (prática de nomear parentes para ocupar cargos públicos), o presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso, conselheiro Ubiratan Spinelli, se diz orgulhoso de seus dois filhos que trabalham no TCE/MT. Ele alega que em todos os órgãos da administração pública, em nível federal e estadual, a prática é bastante comum. Para ele, a proibição não será aprovada.

"Essa lei vem sendo discutida desde que me entendo por gente". Spinelli, que já foi deputado federal, diz que desde aquela época o assunto é discutido e que até hoje não deu em nada. "Queriam proibir na Constituição Federal, não colou, não cola e não vai colar".

Todavia, o conselheiro só avalia o nepotismo negativamente quando o parente é contratado, mas não trabalha, configurando como funcionário fantasma. "Isso é errado". O presidente destaca ainda que a Mesa Diretora do TCE fez um acordo, no qual todos os conselheiros se comprometeram a obrigar os filhos empregados no órgão a trabalhar. "Fechamos acordo aqui. Não podemos passar imagem errônea. Todos tem que prestar serviço". Spinelli diz que é impossível proibir a prática, já que ela existe em todos os órgãos. "A Assembléia tem nepotismo. A Câmara Federal, o governo federal e o estadual têm nepotismo. Nas emissoras de TV têm, nos jornais têm. Falam "ah, é iniciativa privada" só porque não usa dinheiro público. Mas e daí? É nepotismo também". Apesar de não ser considerado ilegal, o nepotismo é avaliado como imoral. Nesta semana, até o governador Blairo Maggi (PPS) se colocou favorável à contratação de parentes na administração pública. Alega que a capacidade técnica, não o grau de parentesco, deve determinar a escolha.




Fonte: A Gazeta

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