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Politica Brasil
Quarta - 20 de Abril de 2005 às 08:40
Por: Lígia Tiemi Saito

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Numa sessão polêmica, a presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereadora Chica Nunes (PSDB), decidiu retirar de pauta a votação das contas do exercício 2003 do ex-prefeito Roberto França (PPS). O julgamento foi adiado porque o relator da Comissão de Economia e Finanças, Éden Capistrano (PSB), só apresentou parecer final sobre o caso - favorável à aprovação - momentos antes de começar a sessão, o que provocou insatisfação geral e tumulto no legislativo cuiabano.

Chica alegou que não seria irresponsável a ponto de deixar os demais vereadores inseguros para votar, apesar de todos terem opinião definida. Com pelo menos oito votos (precisaria de apenas sete), França teria sua gestão aprovada caso a matéria tivesse entrado em pauta. A Mesa Diretora tem 30 dias para apreciar o balancete, conforme estabelece o Regimento Interno. Consulta feita ontem por A Gazeta revela tendência de rejeitação das contas por um placar apertado de 10 a 9, apesar de alguns parlamentares admitirem mudança de opinião - ver quadro abaixo.

Irritado, o vereador Walter Rabello (PMDB) questionou o "sumiço" do relator, que esteve incomunicável nos últimos dias. Diz que algo "estranho" aconteceu na última semana, uma vez que o relator teria feito um acordo com os demais parlamentares para votar contra a aprovação. "Antes de apresentar esse parecer, ele nos deu um parecer contrário, que nós vereadores aprovamos. De última hora aparece esse parecer favorável. Uma coisa estranha está acontecendo. Por que ele ficou incomunicável? A sociedade deverá fiscalizar esse vereador chamado Éden Capistrano". Rabello diz que o relator não agiu com ética. Nem mesmo o presidente da Comissão, Guilherme Maluf (PFL), sabia da decisão do relator. Júlio Pinheiro (PDT), contrário à aprovação, confirma a versão de Rabello. Garante que Éden havia feito o acordo com os demais vereadores pedindo a reprovação. "Aí, misteriosamente, ele some. Depois aparece com parecer favorável". Pinheiro acredita que, apesar disso, as contas devem serem aprovadas.




Fonte: A Gazeta

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