Feira vai se concentrar mais na efetivação de negócios

Vitrine da economia agropecuária de Mato Grosso, a Agrishow Cerrado, a ser aberta nesta terça-feira (19.04), vai experimentar este ano uma mudança de rumo, com um tempo maior de maturação dos negócios. O Estado entra na fase definitiva da agroindustrialização. O chamariz nessa direção está no tema “O agronegócio rompendo fronteiras”, da etapa 2005. A expectativa foi diagnosticada pelo secretário de Infra-estrutura, Luiz Antônio Pagot.

O volume de comercialização nas últimas três edições da Feira de Tecnologia Agrícola, que ocorre anualmente em Rondonópolis, se concentrou na venda de máquinas e equipamentos agrícolas, no total de R$ 2,53 bilhões, com 252 expositores. Este ano, o número de estandes permanece igual, assim como a área de 170 hectares. Do faturamento total, R$ 1,4 bilhão foi registrado somente no ano passado. Os organizadores aguardam a presença de 35 mil pessoas durante os cinco dias da feira.

De acordo com o secretário, com investimentos públicos em logística e na atração de empresas, Mato Grosso tem apresentado crescimento da sua economia seguidamente. “Em 2004, a Agrishow teve como grande mote de venda máquinas e equipamentos agrícolas, esses são grandes empreendimentos. Este ano, a prioridade do setor industrial é a instalação de novas indústrias de esmagamento, de proteína animal e fibras vegetais”, indica Pagot os segmentos que devem apresentar maior realce na Agrishow.

Segundo o secretário, pelo modelo econômico de Mato Grosso, essa tendência é própria da fase de valor agregado para o agronegócio, com investimentos que precisam ser analisados em profundidade e seus avanços com efetivação aos poucos. “Pela movimentação do agronegócio temos observado isso, de maior tempo para efetivação de investimentos. Este ano, a diferença da Agrishow tende para o setor de transformação. No ano passado foi mais de ímpeto, agora tem que ter mais planejamento”, calcula o secretário.

DISTRITOS – Como parte desse processo, informa, o Governo de Mato Grosso facilitou a aplicação de recursos a fim de dar base para a produção, como é o caso da remodelação da infra-estrutura para instalação de empresas. Pagot aponta a reforma e melhoria das condições de Distritos Industriais como parte do apoio à agroindustrialização no Estado.

O exemplo é a destinação pelo Governo do Estado de R$ 11 milhões para o Distrito Industrial de Cuiabá, bem como a pavimentação rodoviária de acessos a esse local, como marcação e sinalização de ruas e toda a rede hidráulica. Em Rondonópolis, a administração Blairo Maggi também realizou o asfaltamento do Distrito Industrial, em parceria com a Prefeitura do município, com recursos de cerca de R$ 4 milhões, metade dos quais com dinheiro próprio do governo.