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Politica Brasil
Terça - 19 de Abril de 2005 às 07:45
Por: Valéria Cristina da Silva

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As contas do exercício de 2003 da gestão Roberto França (PPS) devem ser aprovadas hoje pela Câmara Municipal de Cuiabá, seguindo o parecer dado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e a despeito das 71 irregularidades apontadas. O ex-prefeito precisa de sete votos para ter as contas aprovadas pelo plenário. E no mínimo esse número ele já tem. Nos bastidores, a pressão é grande pela aprovação. A votação das contas de França pela Câmara deve acontecer até quinta-feira. Mas como esse dia será feriado, o parecer do TCE foi incluído na pauta da sessão de hoje pela manhã. O Sindicato do Servidores Públicos Municipais de Cuiabá (Sispumc) promete fazer uma manifestação pela reprovação das contas.

Até o início da noite de ontem o vereador Éden Capistrano (PSB), além de não ter entregue o relatório da Comissão de Economia e Finanças sobre o parecer do TCE, estava incomunicável. Nem os vereadores da própria comissão (Domingos Sávio - PT e Guilherme Maluf - PFL) haviam conseguido contato com ele. Conforme Sávio, há um entendimento entre os membros da comissão de seguir o voto do relator. Contudo, o petista pensava em se abster da votação, uma vez que durante todo o dia não teve contato e nem acesso ao parecer dado por Capistrano.

Os três vereadores do PT (Sávio, Lúdio Cabral e Valtenir Pereira) iriam se reunir na executiva municipal do partido ainda ontem para discutir qual seria a orientação sobre a votação. Foi decidido assim porque a bancada não chegou a um consenso. Enquanto Sávio optou por seguir o voto do relator da Comissão de Economia e Finanças (que não se sabia qual era), Cabral e Pereira queriam votar contra.

As contas de França são polêmicas desde o julgamento no TCE. Com 71 irregularidades apontadas pelo relator, conselheiro Antonio Joaquim, sendo 11 insanáveis, o balancete teve parecer favorável com ressalvas em votação de quatro a três. Houve empate e o então presidente, Ary Leite de Campos, desempatou a favor do ex-prefeito. Para derrubar o parecer do TCE, reprovando as contas, são necessários 13 votos dos 19 vereadores e isso, ninguém acredita ser possível, nem os próprios vereadores.




Fonte: A Gazeta

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