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Politica Brasil
Domingo - 17 de Abril de 2005 às 13:29
Por: Severino Motta

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O Partido Popular Socialista deve romper com o PP e já começa a trabalhar o nome do procurador da República Pedro Taques, para disputar a vaga ao Senado ao lado do governador Blairo Maggi (PPS) em 2006. Essa tendência, embora pareça esdrúxula, é apontada pelo membro da executiva da sigla e ex-prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz. “Eu sinto que o PPS vai ter dificuldades com o novo PP”, disparou.

Esse “novo PP”, citado por Percival, vem filiando lideranças da política estadual em seus quadros e promovendo o que em ano pré-eleitoral é chamado de “fortalecimento partidário”. E é justamente neste crescimento que surgem as divergências com o PPS. “O PP ganhar musculatura é bom só para o PP, não para o PPS”, disse.

Para Percival, existe uma possibilidade muito grande de, na próxima convenção partidária, o PPS determinar a impossibilidade de se coligar com o PP. Sem citar nomes o ex-prefeito diz que “o partido progressista está crescendo com lideranças que nas eleições passadas tiveram práticas condenáveis”. Disse ainda que muitas delas foram adversárias do governador. “Eu sinto que o PPS terá dificuldades com o novo PP”.

Com a articulação, a vaga na chapa para disputa ao Senado, que a principio seria ocupada pelo deputado federal Pedro Henry, pode ir para o procurador da República Pedro Taques.

“Hoje a discussão no PPS gira em torno de se trabalhar a candidatura de Pedro Taques para o Senado”, revelou. Apesar da decisão não ser um fato consumado, Percival frisou que é um membro da executiva do partido e que sabe “das tendências seguidas pela sigla”.

“Acho que o plano B do PP [de lançar candidatura própria ao governo] vai ter de virar plano A”, pontuou Percival. Com as recentes filiações do PP, que segundo Percival são questionadas por membros do PPS, “cada um dos partidos vai ficar de um lado”. Ele chegou a dizer que o fato é positivo para a democracia. “Dá mais possibilidades para a população”.

O ex-prefeito também comentou que o PPS é um “partido diferente”, e que suas escolhas estão baseadas em ética, não em tamanho.




Fonte: Folha do Estado

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