Nico não quer Campos Neto no PP

O crescimento do Partido Progressista, que dia após dia vem recebendo confirmações de lideranças políticas ingressando em seus quadros já começa a gerar insatisfações. O vice-prefeito de Várzea Grande, Nico Baracat, por exemplo, não ficou nada satisfeito com a possibilidade de ingresso do deputado Campos Neto (PFL) na sigla. “Não é segredo para ninguém que são forças historicamente antagônicas”, ressaltou.

Mesmo sem afirmar à imprensa o interesse de disputar uma vaga e retornar à Assembléia Legislativa, os encaminhamentos neste sentido são claros dentro do partido. Nico ainda não teve a oportunidade de conversar com a liderança maior da sigla no Estado, deputado federal Pedro Henry, nem com o recém-ingressado, primeiro-secretário do parlamento, deputado José Riva.

Baracat se disse disposto a enfrentar qualquer adversidade. “Faço parte do grupo que saiu vitorioso nas eleições passadas, encaro qualquer disputa”, disse. Ainda assim ele pretende conversar com Riva e Henry para entender o convite para a filiação de Campos Neto.

“Ainda não conversei com os dois [Riva e Henry], mas até o início da semana devemos conversar e entender a situação”, ponderou. “É histórico na Várzea Grande que somos forças antagônicas”, completou.

O deputado Alencar Soares, que junto de Riva e Eliene Lima, ingressou recentemente ao PP, disse não ver problema em ter as duas lideranças - Nico e Neto - dentro da mesma sigla. “A disputa é nos votos, cada um tem seu grupo e suas bases”, amenizou.

Para ele o partido deve estar sempre aberto. “Sou contra essa história de que se entrar fulano vai me prejudicar”, disse. Ele ainda garantiu que as recentes filiações não provocarão inchamento partidário e que a sigla elegerá no mínimo quatro deputados estaduais.

“Faremos com certeza quatro ou cinco deputados, já temos pelo menos 15 pré-candidaturas”, afirmou. Dentro desta matemática seria possível a eleição de Nico e de Neto. “Em Várzea Grande cada um lutará por seu pedaço”, concluiu Soares.