Juca tem conta rejeitada pelo TC

O mesmo Juca Lemos que está prestes a ser nomeado coordenador da Fundação Nacional de Saúde em Mato Grosso (Funasa) teve contas julgadas irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), por atos de improbidade administrativa. O julgamento se refere às contas do ano de 2001, quando o atual vice-presidente regional do PT foi diretor do Departamento de Água e Esgoto de Rondonópolis (Dae).

Juca dividiu a gestão com William Gomes Gripp, que também teve as contas referentes ao seu período julgadas irregulares. Gripp dirigiu o órgão de janeiro a maio de 2001. Juca Lemos conclui a gestão, indo de 01 de junho a 31 de dezembro.

O vice-presidente do PT mato-grossense, também foi vereador por Rondonópolis, além de ter sido diretor do Dae do município pelo curto período de sete meses durante a administração do ex-prefeito Percival Muniz (PPS).

Pelo pouco tempo que ficou no cargo, as irregularidades apontadas pelo TCE no balancete da gestão de Juca Lemos não são poucas. Ao todo 19 irregularidades constam do acórdão 1.387/2003 sobre a época do petista e nove sobre o período de Gripp. O relator foi o conselheiro Ubiratan Spinelli.

No acórdão do Tribunal estão relatadas, entre outras coisas, emissão de cheque sem fundos (R$ 31,2 mil); autorização de pagamento de serviços com preço superior ao de mercado; e autorização de pagamento sem que os serviços contratados tenham sido realizados. Em agosto de 2004 Lemos chegou a pedir reconsideração do julgamento. Consultado ontem, o TCE, por meio da assessoria de imprensa, não soube informar o andamento do processo.

A Gazeta tentou, desde anteontem, sem sucesso, contato telefônico com Juca Lemos. O número de celular fornecido pelo diretório regional do PT esteve desligado nesses dois dias e não há serviço de caixa postal para deixar mensagem.