Duas famílias vítimas do nazismo receberão US$ 22 milhões

Nova York - m juiz federal americano aprovou uma indenização de US$ 21,9 milhões para os herdeiros de duas famílias ricas vitimizadas pelo Holocausto - de longe, a maior quantia paga, até o momento, no caso contra os bancos suíços acusados de colaborar com os nazistas. O juiz Edward R. Korman aprovou a indenização com base em um parecer de uma comissão encarregada de liberar os fundos reservados num acordo firmado entre sobreviventes do Holocausto e os bancos. Advogados dizem que a maior indenização anterior foi de US$ 4 milhões.

O tribunal se referiu à indenização mais recente como única em tamanho" e "um exemplo gritante da traição generalizada dos clientes judeus pelos bancos suíços". Famílias de sobreviventes processaram os bancos Credit Suisse, UBS AG, e outros, acusando-os de roubar, esconder ou entregar aos nazistas centenas de milhões de dólares em ativos de propriedade de judeus, e de destruir os registros para acobertar o crime.

A indenização de US$ 21,9 milhões responde a uma reivindicação da sobrevivente do Holocausto Maria Altmann, de 89 anos, e de herdeiros de Ferdinand Bloch-Bauer e Otto Pick, ambos acionistas de uma grande refinaria de açúcar austríaca antes da guerra. Altmann era sobrinha de Bloch-Bauer.