Campanha estadual de desarmamento é referência

A Campanha Estadual de Desarmamento, conduzida pelo Governo e demais entidades representativas da sociedade, é referência para outros Estados. Em quatro meses de campanha e mobilização, as polícias Militar, Civil e Federal já recolheram mais de 3.500 armas, em um esforço de mobilização e divulgação envolvendo igrejas e clubes de serviço.

As experiências promovidas durante esse primeiro período da Campanha em Mato Grosso foram apresentadas na última semana durante o 1º Encontro Brasileiro dos Comitês pelo Desarmamento, em São Paulo. Representando o Estado, o coordenador de Polícia Comunitária, major PM Wilson Batista, falou das ações desenvolvidas, que têm como principal foco a criança, buscando sensibilizar os adultos a partir do envolvimento de toda a família. “As estratégias de sensibilização da sociedade foram elogiadas pelos comitês presentes, por saber que nosso Governo apóia e investe na divulgação da campanha”, observou Batista.

Participaram do encontro comitês representando os Estados do Rio de Janeiro, Paraíba, Bahia, São Paulo, Paraná, Pará, Paraíba e Distrito Federal. “Muitos dos Estados demonstram dificuldade em fazer a campanha atingir o principal objetivo pela falta de sensibilizar e atingir a sociedade”, avaliou o major.



A segunda etapa da campanha em Mato Grosso foi intensificada com a formação de seis sub-comitês em Municípios-pólo: Alta Floresta, Cáceres, Rondonópolis, Barra do Garças,Tangará da Serra e Pontes e Lacerda, este último por estar localizado em área de fronteira do Estado. Em todos os Municípios, os sub-comitês conduzirão as ações conforme a realidade local e contarão também com um "Dia D" de Mobilização, quando serão desenvolvidas ações educativas e recreativas, com participação dos parceiros da campanha.

Com a prorrogação da entrega voluntária de armas pelo Governo Federal, até o dia 23 de junho deste ano, o cidadão pode devolver uma arma sem sofrer qualquer penalidade. Com a interiorização da campanha, a expectativa da organização é dobrar a quantidade já recolhida Após 23 de junho, o porte da arma não legalizado será crime inafiançável, com pena de reclusão de até quatro anos.

O cidadão proprietário de arma de fogo que deseja se desfazer dela deve antes solicitar uma guia de transporte em uma unidade das Polícias Civil, Militar ou Federal. O documento é a garantia de circulação com o equipamento sem riscos. No Interior, as armas podem ser entregues nos batalhões da PM, Delegacias das Polícias Civil ou Federal e também nos postos da Polícia Rodoviária Federal.

No início deste mês o Exército em Mato Grosso realizou a destruição das armas recolhidas durante os primeiros meses da campanha.