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Politica Brasil
Quarta - 13 de Abril de 2005 às 10:59
Por: ITIMARA FIGUEIREDO

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Tramita na Assembléia Legislativa o projeto de lei que dispõe sobre a obrigatoriedade da doação do cordão umbilical em todos os partos efetuados nas maternidades e estabelecimentos hospitalares congêneres da rede pública de Mato Grosso. O deputado J. Barreto (PL), autor do projeto, justificou que a conquista extraordinária da medicina ainda depende da colaboração dos cidadãos para salvar vida de mais brasileiros. Para isso, basta que se aumente o número de doadores do cordão umbilical de recém-nascidos.

Barreto explica que anualmente milhares de crianças no Brasil são vítimas de câncer e somente 70% conseguem alcançar a cura ou uma longa sobrevida através de tratamento quimioterápico. Assim, 30/% dessas crianças tornam-se resistentes as drogas utilizadas na quimioterapia e somente um transplante de células progenitoras pode proporcionar uma segunda chance de vida para esses pacientes. Segundo ele, muitas crianças estão condenadas à morte e nada pode ser feito por elas por causa da falta de um doador compatível.

“Com certeza, as mães que derem a luz nos hospitais da rede pública se sentirão duplamente confortadas ao saber que a doação do cordão umbilical do seu recém-nascido – que atualmente são descartados - poderá salvar a vida de outra criança”, avaliou.

Conforme a proposta, pesquisas feitas com o uso de embriões com células-tronco apontam boas perspectivas de cura para deficientes físicos e portadores de doenças degenerativas.

Esperança

Na proposta, Barreto destaca o caso da brasileira portadora de leucemia, Elaine Quintana. Ela recebeu o transplante de células-tronco - vindas de Londres, e tem grandes chances de ficar curada. As células- tronco que ela recebeu saíram do cordão umbilical de um recém-nascido. A esperança de cura para a menina precisou vir do exterior porque o Brasil não possui doadores suficientes para permitir uma maior compatibilidade entre o doador e o receptor.

As células-tronco se formam entre o 8º e o 10º mês de gestação e tem a capacidade de se transformar em qualquer tipo de célula existente no corpo humano. Por isso, elas ajudam no tratamento de vários tipos de tumores e também de leucemia – tipo de câncer mais freqüente em jovens.

“Esta proposta representa a multiplicação das chances de cura para pacientes que têm leucemia e outras doenças do sangue”, assegura Barreto.

De acordo com a bioquímica Silvia Azevedo o processo de estocagem do sangue do cordão umbilical é uma aposta no futuro. “Ainda não conhecemos todo o mecanismo das patologias como o câncer. Então, é precoce dizer que esse material possa ter uma alteração, se essa patologia for desenvolvida no futuro”, afirmou.

O deputado defende que os bancos de sangue públicos precisam ser fortalecidos com o recolhimento do sangue do cordão umbilical de todos os recém-nascidos. A iniciativa visa deixar toda a reserva disponível para os pacientes que precisarem do tratamento.





Fonte: Secretaria de Imprensa

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