Decisão do STF pode mudar mesa diretora da Câmara em Rondonópolis
Os cinco suplentes chegaram a entrar com uma ação conjunta requerendo uma decisão da Justiça Eleitoral para Rondonópolis, mas torcem agora pelo resultado do julgamento em Brasília – que pode realizar ou sepultar de vez os planos de assumirem uma cadeira na Câmara Municipal.
“A decisão desse julgamento será definitiva para todos os casos semelhantes no país. Temos a certeza que, se apenas a doutrina jurídica guiar o STF, a resolução será declarada sem efeito. O fato é que houve um erro imenso do TSE ao assumir, neste caso, uma função que constitucionalmente é prerrogativa única dos legisladores”, avalia Dailson Nunis.
A ADIN foi impetrada em novembro do ano passado pelo Partido Progressista-PP e Partido Democrático Trabalhista-PDT e pode beneficiar 8.900 suplentes em todo país. O último despacho do STF foi dado na sexta-feira passada (08), quando o ministro Celso de Mello, relator da Ação, solicitou que fosse ouvido o procurador-geral da República, Cláudio Lemos Fonteles, antes do julgamento final da causa – que ainda não tem data marcada.
Além de mais cinco cadeiras na Câmara Municipal, o sucesso da ADIN poderá significar uma nova composição da mesa diretora do legislativo de Rondonópolis. Apesar de negar que o assunto tenha sido discutido pelos suplentes, Dailson Nunis disse que há a possibilidade de que, uma vez empossados, eles unam força para exigir a realização de outra eleição entre os 17 vereadores.
“Se acharmos que fomos prejudicados podemos entrar com um mandado de segurança nesse sentido, até porque o a diferença de votos na primeira eleição da mesa foi pequena. Mas não conversamos sobre isso. Por enquanto estamos apenas aguardando a decisão do STF”, disse Dailson Nunis.
A eleição da mesa diretora da Câmara foi realizada no dia primeiro de janeiro deste ano e vencida por diferença de dois votos pela chapa presidida por Mohamed Zaher (PSDB).
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