Operação Piriá apreende madeira no Pará

Brasília - Sete mil metros cúbicos de madeira apreendida e 25 empresas multadas - entre elas serrarias, carvoarias, madeireiras e até um garimpo - foi o saldo da Operação Piriá, que fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizaram nos municípios de Nova Esperança do Piriá, Santa Luzia do Pará, Cachoeira do Piriá, Capitão Poço, Garrafão do Norte e Viseu, no estado do Pará, de 21 de março a 1º de abril deste ano.

Na operação, que contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, do Exército e do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) de Belém, 28 empresas foram fiscalizadas. Os resultados da operação Piriá foram apresentados nesta semana, em reunião na sede do Sipam em Belém, pelos gerentes Marcilio Monteiro, do Ibama, e Verner Riebold, do Sipam, e pelo coronel Sebastião Vitalino, representante do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

Embora esclarecedora, a reunião foi tensa. Representantes dos madeireiros e prefeitos dos municípios onde a operação foi deflagrada contestaram as autuações do Ibama e as decisões do Ministério Público. Eles alegaram que o fechamento das serrarias e de outras empresas agravariam os problemas sociais na região.

O procurador federal Felício Pontes criticou os representantes dos madeireiros por tentarem desviar o foco da operação. Ele negou que as autuações do Ibama tenham gerado problemas sociais e acrescentou que as declarações dos madeireiros eram uma tentativa clara de causar falsa comoção perante a imprensa.