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Politica Brasil
Sexta - 08 de Abril de 2005 às 07:43

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Quando se fala no desenvolvimento de Cuiabá, é unânime a idéia de que o poder público não consegue acompanhar o crescimento da cidade. É o mesmo que dizer que os problemas sempre vão existir, pois a medida que aumenta a população, proporcionalmente aumentam as dificuldades. Há 50 anos, quando José Garcia Neto assumiu a prefeitura da capital mato-grossense, como primeiro prefeito eleito por votação direta após a reforma constitucional, as diferenças dos dias atuais eram "fenomenais", como ele mesmo define.

A população era de aproximadamente 60 mil habitantes, ou dez vezes menos que agora. Jaciara, que fica a mais de 200 km da capital, era distrito de Cuiabá. Também não havia aqui um bairro sequer. O primeiro bairro projetado, o Bandeirantes, no Morro da Luz, era considerado longe. E não houve muito progresso nessa época. Garcia Neto era adversário do governador João Ponce de Arruda e lembra não ter recebidos recursos estaduais, nem federais. Essa situação o deixou frustrado. Quando assumiu o governo, nomeou seu genro Rodrigues Palma para prefeito da capital. As eleições diretas haviam sido sepultadas pela ditadura militar.

Confirmando o desenvolvimento que Cuiabá teve na administração de Palma, auxiliado pelo governo do Estado, Garcia Neto contabiliza para a capital a implantação do Distrito Industrial, a construção da rodoviária, do Centro de Reabilitação Dom Aquino Corrêa, a primeira pista da Perimetral, o asfaltamento da Beira Rio. "Cuiabá floresceu no meu governo", gaba-se.

Para ele, os maiores problemas da capital hoje são saneamento básico e pavimentação. Garcia Neto não gosta de criticar governantes porque já foi um deles e diz saber como é difícil. É um otimista, apesar de admitir que não há como resolver todos os problemas da cidade. (VCS)




Fonte: A Gazeta

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