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Politica Brasil
Quinta - 07 de Abril de 2005 às 22:07
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Anote em sua agenda um compromisso importantíssimo para a semana do feriado de 21 de Abril: 1º FEIRÃO DO IMPOSTO DE MATO GROSSO.

Nos dias 18, 19, 20 e 21 de Abril acontecerá em Cuiabá, o 1º Feirão do Imposto, uma idéia que já deu certo em várias outras capitais do país, e que agora, pela primeira vez, acontece em nosso estado.

O evento é itinerante, para que o maior número possível de pessoas participem, tirem dúvidas e se conscientizem da gravidade do problema da alta carga tributária no Brasil. Na Segunda-feira dia 18 será na Praça Alencastro, no centro de Cuiabá e nos dias 19,20 e 21 nos Shoppings Goiabeiras, Três Américas e Pantanal, nessa ordem respectivamente.

É claro que a semana escolhida não é coincidência, pois no feriado de 21 de Abril é o dia de Tiradentes. Joaquim da Silva Xavier, líder da inconfidência Mineira, tinha como objetivo principal conquistar a independência do Brasil em relação a Portugal, que explorava as riquezas de nosso país.

Um dos principais motivos da revolta comandada pela aristocracia mineira eram os altos impostos cobrados pela corte, ¨O Quinto¨, que era nada mais nada menos do que 20% cobrado sobre a exploração do ouro, maior riqueza da época. Ou seja, Tiradentes foi enforcado dia 21 de Abril de 1792 porque lutava contra uma carga tributária de 20%. O que será que iria acontecer se Tiradentes vivesse hoje com uma carga tributária de 37% ?

A iniciativa da realização do Feirão é de um grupo denominado Pacto por Mato Grosso, com a parceria e colaboração da classe empresarial e de várias entidades representativas de classe, como a OAB, a Fecomércio, a Associação Comercial de Cuiabá, entre outras.

Durante o evento, o público poderá observar diversos produtos industrializados com todos os cálculos discriminados da carga tributária que incide sobre o seu preço.

De acordo com estudos do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário-IBPT, a carga tributária, pode chegar a 84% sobre os preços de produtos industrializados, como é o caso da Cachaça brasileira. No cigarro é de 82%, na Cerveja 56%, nos refrigerantes 47% e na conta de energia elétrica 46%.

No recente episódio da MP 232, em votação no Congresso Nacional, a sociedade civil organizada pode demonstrar a crescente indignação contra o excesso de gastos do setor público e que não aceita mais qualquer elevação das alíquotas de impostos.

No mesmo estudo do IBPT divulgado recentemente, constata que um cidadão brasileiro trabalha em média quatro meses e 20 dias somente para pagar impostos. Outros 112 dias são destinados a custear serviços básicos que o governo não fornece a população, por ineficiência ou corrupção.

Trata-se de uma escravização do estado sobre a classe produtiva, seja empresário, seja trabalhador.

Temos que despertar o ¨Tiradentes¨ que existe que existem em nós! Vamos a luta!

João Carlos Caldeira Empresário, jornalista e professor. E-mail: joaocmc@terra.com.br




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