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Politica Brasil
Quarta - 06 de Abril de 2005 às 16:14
Por: Benedito Mendonça

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Brasília - O governo está mais próximo do ideal de tratar o jovem usuário de droga como uma pessoa que merece atenção médica, que merece políticas de inclusão social e merece ver garantida a aplicação das medidas socioeducativas de maneira conseqüente. A afirmação foi feita hoje pelo secretário-adjunto dos Direitos Humanos da Presidência da República, Mário Mamede, na abertura do seminário Adolescentes em conflito com a lei e as drogas.

Mamede esclareceu que as medidas socioeducativas não são punitivas, mas visam à socialização, à integração sociofamiliar. Para ele, é importante que os adolescentes tenham assistência integral e a garantia dos seus diretos fundamentais de cidadão.

O objetivo do seminário, organizado pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, é promover a troca de experiências de sucesso entre as diversas entidades participantes na área de prevenção e tratamento dos jovens usuários de drogas, além de buscar alternativas viáveis para o problema.

Segundo o padre Manuel Antonio Parra Del Gadilho, diretor do Centro Socioeducacional Amigoniano de Brasília (Cesami), no trabalho desenvolvido nesta unidade de internação provisória se tem claro que o ato infracional está associado, na maioria, ao consumo de drogas.

"Os adolescentes manifestam que quando estão na rua sob os efeitos da droga cometem o ato infracional com maior facilidade e depois não sabem nada sobre o que aconteceu". Ele disse que a solução para o problema do uso de drogas por adolescentes e a violência está na educação, na prevenção e no trabalho com a população contaminada visando sua reabilitação.

De acordo com o diretor do Cesami, as drogas mais usadas pelos adolescentes infratores no Distrito Federal são a maconha, a merla (sub-produto da cocaína) e a anfetamina Ropnal. Entre os delitos mais freqüentes em Brasília e nas cidades-satélites, ele apontou o assalto com armas como o crime mais praticado pelos adolescentes drogados. O Cesami tem capacidade para abrigar 120 adolescentes infratores, mas hoje atende a 96 jovens em conflito com a lei.

Durante todo o dia, profissionais que atuam diretamente no atendimento de adolescentes em conflito com a lei, técnicos dos programas de atendimento socioeducativo, gestores estaduais e municipais, magistrados, promotores e defensores dos direitos das crianças e dos adolescentes estarão debatendo o problema do jovem infrator.

Também são objetivos do seminário a ampliação do conhecimento sobre a questão das drogas no contexto socioeducativo, a qualificação do tratamento para este público específico e a capacitação de profissionais que atuam no atendimento de adolescentes em conflito com a lei que tenham dependência química.





Fonte: Agência Brasil

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