Morte do Papa bate recordes online
São Paulo - Uma pesquisa nos sistema de buscas retorna mais de 900.000 referências e cerca de 60.000 artigos. Os termos “Papa” e “Vaticano” são os mais consultados dos últimos dias. Milhares de sites e blogs em todo o mundo acolhem mensagens de pêsames. É quase impossível acessar páginas de apostas sobre a sucessão.
De quebra, agências de turismo oferecem promoções para viagens a Roma e milhões de fiéis em todo omundo publicam mensagens de adeus em fóruns e listas de discussão. A morte de João Paulo II, segundo o Observatório Espanhol de Internet (OEI), é o acontecimento mais falado na Web, desde os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
As relações do Vaticano com a internet não são pura casualidade. Nos últimos anos, a Santa Sé tem se manifestado favoravelmente ao surgimento de novas tecnologias, além de ter criado e modernizado suas emissoras de rádio e televisão. Os jornalistas credenciados são municiados diariamente com e-mails e mensagens instantâneas.
É online que congregações religiosas e devotos se comunicam, realizam-se missas, confessam-se pecados e veneram-se santos de alguma forma vinculados à mídia eletrônica, a exemplo de Santa Tecla, que tem uma capela virtual, dedicada a pedidos para resolver problemas de bugs no Windows.
É tanta a influência da internet na vida católica que 70.000 pessoas participaram, em 2003, da eleição de seu padroeiro no site Santibeati , do monsenhor James P. Moroney, especialista em orações da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos.
Tiago Alberoni foi o vencedor com 23.677 votos. Mas o preferido de João Paulo II era Santo Isidoro de Sevilha, que viveu na Espanha durante o século VII e escreveu a primeira enciclopédia, conhecida como Etymologies, com registros de Medicina, Matemática, História e Teologia.
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