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Politica Brasil
Segunda - 04 de Abril de 2005 às 16:40
Por: Carolina Pimentel

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Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu hoje mais um passo para aproximar o governo do PMDB. Ele recebeu de manhã, no Palácio do Planalto, o presidente do diretório regional do partido em São Paulo, o ex-governador Orestes Quércia. De acordo com Quércia, o convite foi feito pelo governo.

À saída do encontro, Quércia disse que um dos temas da conversa foi o apoio do partido ao governo. Segundo ele, o PMDB está disposto a aliar-se ao governo, mas cobrou ousadia na área econômica.

"Nós apoiamos o governo e queremos que o governo ouse mais na questão do crescimento do Brasil.

Eu disse a ele (Lula) que nós temos que ter uma ação no sentido, como têm os chineses e a Índia, de colaborar com a pequena e média empresa para que elas colaborem com o processo de exportação do país.

Existe possibilidade de ter projeto nacional que não é o projeto da receita do FMI (Fundo Monetário Internacional). Nós, em São Paulo, por exemplo, queremos que o PMDB apóie o governo, mas queremos também que tenha um projeto próprio com características brasileiras", disse o ex-governador aos jornalistas.

Questionado sobre o fato de ter adotado posição contrária ao apoio de seu partido ao governo federal, Quércia afirmou que não criou obstáculos. "Nunca coloquei objeção ao apoio do PMDB ao governo federal. Eu coloquei objeção a aspectos da política econômica porque acredito ser preciso ter um oponente nacionalista", explicou.

Para ele, apoiar o governo é uma forma de unir o PMDB. "O que pode unir o partido hoje é um esforço para apoiar o governo no Congresso, na Câmara Federal e no Senado, o que já acontece com mais ênfase no Senado, e tem um pouco de dificuldade na Câmara", disse.

A candidatura do partido à presidência da República nas eleições do ano que vem também foi abordada. Segundo o ex-governador de São Paulo, o presidente Lula reconhece o direito dos peemedebistas de entrar na disputa, mas não é hora de discutir isso.

"O PMDB pode de alguma forma se unir mais no apoio ao governo Lula.

Essa questão de candidatura a presidente ainda é um pouquinho afastada de hoje. Eu, pessoalmente, tenho proposta de ser candidato a presidente, mas hoje é importante ampliar essa conversa", ressaltou.

Quércia disse que uma possível aliança com o PT em 2006 não foi debatida e destacou que é contra a proposta.

"Eu acho que o PMDB tem que ter candidato a presidente", enfatizou. De acordo com Quércia, outra reunião deve ser realizada com a participação do presidente nacional do PT, José Genoíno, e do líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP). O encontro será agendado pelo governo, segundo Quércia.




Fonte: Agência Brasil

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