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Politica Brasil
Segunda - 04 de Abril de 2005 às 08:51
Por: Valdemir Roberto

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A aliança política do governador Blairo Maggi corre sério risco de não acontecer para o pleito de 2006. Os partidos aliados estão revoltados com o tratamento que vem recebendo o governo e de seus assessores.

Ao falar sobre os problemas com a aliança o ex-governador Jaime Campos mandou um duro recado ao governador, lembrando que o PFL não está na aliança apenas para carregar o piano. “Estamos vendo com toda a clareza que existe uma grande insatisfação não só da aliança como de toda a base aliada. O governo precisa tratar a aliança com carinho, respeito. São milhares de aliados insatisfeitos e isso pode provocar o fim deste governo”, adiantou, lembrando que o PFL não é o ‘cordeiro’ do governo como parte da imprensa tem pregado.

“O PFL é marinheiro de segunda viagem neste governo. Falta conversa. É preciso dar o valor que o partido merece”, disparou para completar que não existe garantia de permanência na coligação e que seu partido pode ter candidatura própria.

Ao ser solicitado que desse uma nota ao governo Lula e a Blairo Maggi, Jaime Campos disse que Lula, do PT, merece apenas nota 5 e que Maggi não fica com mais do que 7. “Poderia ser melhor, mas há deficiências que precisam ser sanadas. O governador precisa ter a coragem de mudar, lembrando que não se pode ficar atrelados a amigos e que é preciso garantir o crescimento do Estado como um todo.

ICMS

Com relação a decisão do governo em reduzir o repasse do ICMS aos municípios mato-grossense, Jaime Campos foi duro. Lembrou que durante seu governo Cuiabá recebia 27% da arrecadação e Várzea Grande 7%. Hoje Cuiabá recebe apenas 14.6% do que arrecada enquanto Várzea Grande está recebendo 3%. Na proposta do governo Blairo Maggi estes dois municípios terão redução nos impostos. “Isso não pode acontecer. O governo quer quebrar cidades importantes. Cuiabá e Várzea Grande, juntas são responsáveis por 35% da arrecadação de Mato Grosso. Portanto, é preciso dar mais atenção a estes municípios. Fazer uma melhor distribuição de renda para os municípios que realmente arrecadam mais”.

Com relação ao imposto cobrado na energia e telefonia e que foi um dos principais motes da última campanha de Maggi que prometeu reduzir os impostos assim que assumisse o cargo, Jaime Campos disse lamentar que o governador não tenha cumprido a promessa até agora e mandou um aviso. “Se deixar para fazer isso no ano que vem, a população vai entender que é apenas um interesse político e vai rejeitar esta farsa eleitoral”.

Segundo Jaime, quando foi governador o ICMS só era cobrado a partir de 500 quilowats de energia. Ele lembrou que hoje o Estado cobra 42% do imposto nas contas e que isso prejudica o trabalhador.

Terminou sua participação no programa ressaltando que o governador Blairo Maggi vem fazendo uma avaliação errônea sobre o quê é governador um estado. “Não adianta um estado rico e a população pobre. O governo está deixando a desejar na questão social. Não adianta meia dúzia de pessoas estar de bem com a vida o resto não. Tem excesso de carga tributária, mas não tem incentivo para que as industrias possam investir em Mato Grosso.




Fonte: 24 Horas News

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