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Internacional
Domingo - 03 de Abril de 2005 às 00:09
Por: Marco Antônio Lacerda

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Roma - "Morto um papa, se faz outro." Esse é o tradicional refrão romano, com toda a sua secura. No momento em que o cardeal camerlengo anunciar "Habemus Papam" começará finalmente o terceiro milênio para a Igreja Católica Romana. Segundo fontes do Vaticano, os candidatos mais prováveis à sucessão de João Paulo II são 13, em ordem alfabética: o nigeriano Francis Arinze, o colombiano Darío Castrillon Hoyos, o peruano Juan Luis Cipriani Thorne, o indiano Iván Dias, o brasileiro Cláudio Hummes, os italianos Carlo Maria Martini, Giovanni Batista Re e Dionigi Tettamanzi, o hondurenho Óscar Andrés Rodríguez Maradiaga, o espanhol Antonio Maria Rouco Varela, o austríaco Cristoph Schönborn, o filipino Jaime Lachica Sin e o canadense Jean-Claude Turcotte.

Seis procedem do mundo desenvolvido e sete dos países em desenvolvimento. Nenhum deles apresentou candidatura oficialmente e vários já declararam publicamente ser "carentes de méritos" para ocupar o posto. Foi o caso do presidente da Conferência Episcopal Espanhola que, questionado recentemente sobre o assunto, disse: "Que ninguém pense que sou apto para isso. Melhor nem falar no assunto."

De todos, só o jesuíta Carlo Maria Martini representaria uma alternativa ao "wojtylismo". Martini é tido como uma opção demasiado comprometida, da mesma forma como seria escolher o candidato da Opus Dei, Juan Luis Cipriani Thorne. Castrillon e Re são considerados muito "curiais" e continuístas, enquanto Mariadiaga e Schönborn, muito jovens. Assim como o indiano Iván Dias, o arcebispo de São Paulo, d. Cláudio Hummes, é chamado de "excêntrico" em alguns círculos do Vaticano, além de gravitar longe demais do centro de poder da Igreja. Turcotte seria uma aposta muito arriscada e Tettamanzi, imprevisível.

Dois candidatos sofreram, há pouco, sérios problemas de saúde, o que prejudicou a candidatura. A intervenção cirúrgica em Rouco e a hospitalização em estado crítico de Sin praticamente os tirou da disputa. Sobra o nigeriano Francis Arinze, que poderia representar uma mudança formal drástica, embora sob controle da Cúria. Como prefeito da Congregação para o Culto Divino e da Disciplina dos Sacramento, o candidato, de raça negra, desfruta de grande protagonismo ao iniciar-se o Ano da Eucaristia.




Fonte: Agência Estado

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