Pagot acusa Serys e Welinton de impedirem liberação de verbas
"O entrave é a senadora Serys, porque ela se considera a dona da BR-163", disse Pagot, para em seguida cutucar o deputado. Ele disse que o PL comanda o Ministério dos Transportes e que todos os projetos referentes a Mato Grosso têm que passar pelo deputado Welinton Fagundes (PL), presidente do partido no Estado. "Sem a palavra deles, nada anda. Eles estão só atrapalhando", criticou o secretário. Pagot frisou que nos últimos anos as únicas notícias envolvendo as rodovias federais no Estado tratam de tragédias.
Desculpas
Para o secretário, as justificativas do governo federal para resolver os problemas das rodovias são apenas desculpas. Ele disse que em 2003 a alegação era de que o orçamento não era adequado porque o governo pegou a peça orçamentária engessada da gestão anterior. "Em 2004 a desculpa é de que não havia projetos. Agora há orçamento e projetos. Então por que as obras não andam?", indagou.
Cobranças
Pagot afirmou que tanto ele quanto o governador Blairo Maggi são sempre cobrados pelos produtores rurais para que se mobilizem para realizar ações de manutenção das rodovias federais, mas muitas vezes não têm como agir. "Desde 2003 que vou com o governador ao gabinete do ministro dos Transportes e ao Dnit para cobrar soluções. Nas áreas institucionais estamos comparecendo regularmente", disse.
Rodovias delegadas
O secretário também disse que o governo tem a intenção de que a BR-163 seja delegada ao Estado no trecho entre Nova Mutum até a divisa com Mato Grosso do Sul. Desta forma, por meio de um consórcio, a rodovia seria duplicada e o ressarcimento viria com a instalação de pedágios.
Sobre a BR-158, Pagot disse que Maggi propôs ao ministro Alfredo Nascimento, dos Transportes, que em cada real aplicado na rodovia haveria uma contrapartida do governo estadual na mesma quantia. "Até hoje não recebemos resposta", reclama.
O secretário disse que a proposta é para que a obra seja delegada ao Estado, porque o governo estadual não quer bancar a obra para o governo federal. "Nosso custo seria muito menor. Não aceitamos colocar dinheiro na obra deles porque o valor não é competitivo", finalizou.
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