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Corrêa da Costa ajudou no golpe, diz cientista
O professor e historiador Lourembergue Alves afirma que o então governador Fernando Corrêa da Costa, que comandou Mato Grosso de 62 a 66, apoiou o golpe militar que derrubou o presidente João Goulart.
Seguindo orientação do regime militar, Fernando Corrêa chegou a editar um decreto, que resultou no afastamento de vários servidores públicos, a partir da instauração de 22 inquéritos. Acusados de corrupção, foram afastados a bem do serviço público. De acordo com Lourembergue, as acusações eram pretexto para demitir funcionários contrários ao regime ditatorial.
O historiador observa que o movimento que ele classifica de burocrata militar deve ser analisado sob dois ângulos, considerando os aspectos positivos e negativos. Observa que o golpe teve apoio de alguns intelectuais, entre eles os ex-ministros Delfim Neto e Roberto Campos.
Segundo Lourembergue, o regime possibilitou o crescimento do número de matrículas nas escolas públicas, apesar disso não significar necessariamente melhoria da qualidade do ensino. Destaca o surgimento, em 1970, da Universidade Federal do Estado (UFMT). Nesta época, o governador era Pedro Pedrossian, com ligação forte com a região Sul do Estado, que detinha maior força política. A Universidade só não foi implantada em Campo Grande, lembra o historiador, porque uma lei do regime militar determinava prioridade para sua implantação nas capitais. Cuiabá e Sergipe eram as únicas do país que ainda não contavam com uma universidade pública federal. (RD)
Seguindo orientação do regime militar, Fernando Corrêa chegou a editar um decreto, que resultou no afastamento de vários servidores públicos, a partir da instauração de 22 inquéritos. Acusados de corrupção, foram afastados a bem do serviço público. De acordo com Lourembergue, as acusações eram pretexto para demitir funcionários contrários ao regime ditatorial.
O historiador observa que o movimento que ele classifica de burocrata militar deve ser analisado sob dois ângulos, considerando os aspectos positivos e negativos. Observa que o golpe teve apoio de alguns intelectuais, entre eles os ex-ministros Delfim Neto e Roberto Campos.
Segundo Lourembergue, o regime possibilitou o crescimento do número de matrículas nas escolas públicas, apesar disso não significar necessariamente melhoria da qualidade do ensino. Destaca o surgimento, em 1970, da Universidade Federal do Estado (UFMT). Nesta época, o governador era Pedro Pedrossian, com ligação forte com a região Sul do Estado, que detinha maior força política. A Universidade só não foi implantada em Campo Grande, lembra o historiador, porque uma lei do regime militar determinava prioridade para sua implantação nas capitais. Cuiabá e Sergipe eram as únicas do país que ainda não contavam com uma universidade pública federal. (RD)
Fonte:
A Gazeta
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/349970/visualizar/
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