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Politica Brasil
Quinta - 31 de Março de 2005 às 07:25

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Seis dos 30 deputados estaduais de Mato Grosso foram cassados por se oporem ao governo militar. O Estado ainda congregava em seu território o hoje Mato Grosso do Sul. A divisão territorial ocorreu em 77, mas só efetivada com a criação do Estado vizinho dois anos depois.

O pecuarista e deputado de quinto mandato Renê Barbour era, em 64, o primeiro-vice-presidente da Assembléia. A sede funcionava, junto com o Tribunal de Justiça, num prédio na avenida Getúlio Vargas.

Militante da União Democrática Nacional (UDN), Barbour, hoje com 79 anos, foi um dos defensores do regime militar. Assegura, porém, que repudiou as cassações de mandatos por entender que não havia motivos para isso.

À época, a AL contava com 30 deputados (hoje são 24), a maioria representante da região sul do Estado - ver lista à direita, incluindo os suplentes, dos que atuaram na 5º legislatura (63/67).

A partir dos governos militares Castello Branco (64/67), Costa e Silva (67/68) e Ernesto Garrastazu Medici (69/74), perderam o mandato seis deputados. Destes, apenas Augusto Mário Vieira (UDN) tinha Cuiabá como principal base eleitoral. Ex-presidente da Assembléia, Vieira ainda se reelegeu, após a cassação.

Os demais cassados pertenciam a bancada do Sul: Américo Porphirio Nassif (PTB), de Corumbá; Luiz Thomaz de Aquino (UDN), da região de Paranaíba (extremo sul), Sebastião Nunes da Cunha (PSD), Wilson Loureiro de Oliveira (UDN) e João Chama (Campo Grande).

Barbour eleito deputado estadual um ano antes do golpe de 31 de março de 64, assegura que o governo militar "trouxe avanços para Mato Grosso", principalmente nas áreas de infra-estrutura, comunicação e energia elétrica. Barbour é o único que restou da velha safra de políticos com mandato eletivo até hoje. Alguns lançaram à vida pública membros da família. São os casos de Emanuel Pinheiro da Silva (já falecido), cujo filho Emanuel Pinheiro viera a ser também deputado estadual; de Oscar Soares, em relação ao filho Luiz Soares, que foi deputado e vice-prefeito de Cuiabá, e Joaquim Nunes Rocha, pai do ex-senador Louremberg, hoje secretário de Ação Política do governo Blairo Maggi.




Fonte: A Gazeta

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