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Politica Brasil
Quinta - 31 de Março de 2005 às 07:15
Por: Romilson Dourado

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Com 58 anos e 35 de vida pública, o ex-governador Júlio Campos disse que o regime militar foi responsável por alavancar o desenvolvimento de Mato Grosso e vai mais longe. Considera que o ex-senador, capitão Filinto Muller, chefe da polícia durante a ditadura de Getúlio Vargas, não permitiu que o regime opressor se tornasse forte no Estado.

"A revolução não chegou a Mato Grosso porque o Filinto Muller, com sua atuação, desviava o foco para proteger o povo daqui", afirma Júlio, ex-prefeito de Várzea Grande, deputado federal e senador, além de comandar o Estado (83/86) durante o regime militar. Para Júlio, Filinto não é o símbolo da repreensão política do Estado Novo.

Segundo ele, o ex-presidente do Senado (73/75) foi decisivo na conquista de projetos para MT. Cita, como exemplo, a criação do Programa de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Prodoeste), que permitiu a abertura da BR-163 (Cuiabá-Santarém) e a integração do Estado com a Amazônia, além de outras rodovias, como a 364, ligando MT a São Paulo e a Goiás. Destaca também que o presidente Medici chegou a transferir o 9º BC do Rio Grande do Sul para Cuiabá com o propósito de construir a BR-163. "No regime militar houve uma revolução no setor rodoviário. MT deve muito ao governo militar, principalmente a gestão Medici.

Para Júlio Campos, hoje conselheiro do TCE, ações lideradas por estudantes, pelos ex-senadores Filinto Muller e Bezerra Neto, além do então deputado federal Garcia Neto, foram decisivas para a instalação da UFMT em Cuiabá. Conta que, a partir de 74, com o presidente Geisel e o Estado sob comando de Garcia Neto, ocorreram dois projetos importantes: a integração do Estado ao sistema nacional de energia, com a chega de um linhão, e a divisão territorial. "Eu, que era prefeito de VG, e o deputado federal Gastão Muller fomos os únicos políticos (da Grande Cuiabá) que defendemos a divisão".

Quanto às denúncias de torturas e perseguições, Júlio Campos afirma: "Aqui em MT quase não teve tortura. Ocorreram cassações de mandatos de políticos, mais da região sul, tidos como corruptos e outras que foram injustas".




Fonte: A Gazeta

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