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Alta temperatura ameaça Pantanal
O Pantanal, uma das regiões de maior riqueza ecológica do mundo e que abrange partes do Brasil, da Bolívia e do Paraguai, está em perigo devido a atividade humana e ao aquecimento global, disseram especialistas da ONU, na semana passada.
O Pantanal, com 165 mil quilômetros quadrados - quase do tamanho do Uruguai -, abriga 650 espécies de pássaros, mais de 190 de mamíferos, 50 de répteis, mais de 1,1 mil de borboletas e 270 de peixes, sendo um ecossistema muito importante para a região e para o mundo.
Semana passada, no Dia Mundial da Água, a Universidade das Nações Unidas divulgou um estudo o qual ressalta o perigo enfrentado pela região.
"O Pantanal não recebeu a mesma atenção que a Amazônia", explicou o professor brasileiro Paulo Texeira, diretor do Programa Regional de Meio Ambiente do Pantanal da Universidade da ONU e da Universidade Federal do Mato Grosso.
Texeira ressaltou que a riqueza biológica da região e as ameaças ao território deveriam merecer uma atenção maior devido as conseqüências negativas da degradação deste ecossistema.
"Da área total do Pantanal, 85% fica no Brasil, 10% na Bolívia e 5% no Paraguai. No entanto, a região é cortada pelo rio Paraguai, que desemboca no rio Paraná em Corrientes, o que faz com que os efeitos de sua degradação sejam sentidos até na Argentina".
A época de seca no Pantanal dura de abril a setembro, quando a região se transforma em pântano.
O período de setembro a março é de chuvas, com cheias dos rios.
Ao Pantanal chegam aves da América do Norte que migram fugindo do rígido inverno no Canadá e em partes dos Estados Unidos.
A região tinha se mantido praticamente inacessível até que, na década de 70, a política de colonização agressiva do interior do Brasil identificou o Pantanal como uma zona de desenvolvimento.
Desde então, disse Texeira, grandes propriedades agrícolas de soja, algodão e outros produtos foram instaladas na periferia do Pantanal, ameaçando secar a região com a crescente demanda de água para plantações, como ocorreu com a região de Everglades, no sul da Flórida (EUA).
Texeira acrescentou que as grandes explorações agrícolas utilizam grandes quantidades de adubos e outros produtos químicos que, com o tempo, são carregados de forma subterrânea pelas águas e terminam nos rios, o que representa uma ameaça para o sensível ecossistema aquático da região.
Projetos hidrográficos para regular o leito dos rios e gerar eletricidade, assim como os planos para produzir várias correntes navegáveis (as chamadas hidrovias), também são um grave problema para a futura subsistência do Pantanal.
No entanto, segundo Texeira, talvez o maior problema seja o aquecimento global.
O Pantanal, com 165 mil quilômetros quadrados - quase do tamanho do Uruguai -, abriga 650 espécies de pássaros, mais de 190 de mamíferos, 50 de répteis, mais de 1,1 mil de borboletas e 270 de peixes, sendo um ecossistema muito importante para a região e para o mundo.
Semana passada, no Dia Mundial da Água, a Universidade das Nações Unidas divulgou um estudo o qual ressalta o perigo enfrentado pela região.
"O Pantanal não recebeu a mesma atenção que a Amazônia", explicou o professor brasileiro Paulo Texeira, diretor do Programa Regional de Meio Ambiente do Pantanal da Universidade da ONU e da Universidade Federal do Mato Grosso.
Texeira ressaltou que a riqueza biológica da região e as ameaças ao território deveriam merecer uma atenção maior devido as conseqüências negativas da degradação deste ecossistema.
"Da área total do Pantanal, 85% fica no Brasil, 10% na Bolívia e 5% no Paraguai. No entanto, a região é cortada pelo rio Paraguai, que desemboca no rio Paraná em Corrientes, o que faz com que os efeitos de sua degradação sejam sentidos até na Argentina".
A época de seca no Pantanal dura de abril a setembro, quando a região se transforma em pântano.
O período de setembro a março é de chuvas, com cheias dos rios.
Ao Pantanal chegam aves da América do Norte que migram fugindo do rígido inverno no Canadá e em partes dos Estados Unidos.
A região tinha se mantido praticamente inacessível até que, na década de 70, a política de colonização agressiva do interior do Brasil identificou o Pantanal como uma zona de desenvolvimento.
Desde então, disse Texeira, grandes propriedades agrícolas de soja, algodão e outros produtos foram instaladas na periferia do Pantanal, ameaçando secar a região com a crescente demanda de água para plantações, como ocorreu com a região de Everglades, no sul da Flórida (EUA).
Texeira acrescentou que as grandes explorações agrícolas utilizam grandes quantidades de adubos e outros produtos químicos que, com o tempo, são carregados de forma subterrânea pelas águas e terminam nos rios, o que representa uma ameaça para o sensível ecossistema aquático da região.
Projetos hidrográficos para regular o leito dos rios e gerar eletricidade, assim como os planos para produzir várias correntes navegáveis (as chamadas hidrovias), também são um grave problema para a futura subsistência do Pantanal.
No entanto, segundo Texeira, talvez o maior problema seja o aquecimento global.
Fonte:
Folha do Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/350461/visualizar/
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