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As costureiras de Lula
Quando era pequena minha avó contava o caso de uma costureira da sua época de juventude. Contava ela que, como não existiam lojas com roupas prontas, as moças mandavam fazer seus vestidos. Sua costureira Dona Jacira, de mão cheia como dizia vovó, de uma hora pra outra se tornou uma velha ranzinza e sem paciência. Um dia minha avó foi experimentar o vestido que usaria no seu noivado e, quando vestiu, percebeu que estava torto. Antes de ter tempo de falar, lá veio D. Jacira dizendo: “é, está na hora de você casar mesmo. Está vendo que você está ficando torta? Minha filha, se não se casar logo, vai ficar pra titia. Veja esse ombro, está tortinho!” Vovó contou que demorou um tempo para “cair a ficha” e descobrir que não era ela, mas sim a costura da “adorável” D. Jacira que era torta.
Pois não é que esse caso, que sempre julguei apenas engraçado, está agora, depois de muitos anos, se revelando um modus operandi de uma administração que chega ao terceiro ano no poder tentando enfiar, na marra, o corpo dentro do vestido.
Era um sonho do PT implementar a política de cotas nas universidades. Rios de dinheiro estão sendo gastos em viagens e outras “coisitas” mais para a realização de seminários, discussões, audiências e outros nomes que porventura existirem, para apresentarem a reforma educacional. Que tem como mote principal a política de reserva de cotas para negros, pobres e os índios. Dos índios eu nem falo mais, pois se continuar a situação que está, daqui a dez anos não será preciso cotas para eles, não porque terão voltado para a floresta, mas porque não existirão mais. Esta semana morreu mais uma indiozinha. É possível que, assim como fizeram os americanos, os Generais Custer do PT, de colarzinhos ecológicos, consigam dizimar a população indígena do nosso país.
Como todo petista, o Ministro da Educação Tarso Genro é defensor de uma idéia só. Engraçado, mas isso ocorre com eles. Vejam o exemplo do Suplicy! Há quanto tempo ele defende a renda mínima? O mundo muda, gira e eles continuam com a mesma única idéia. Pois bem, a do Tarso era a tão falada e defendida Reserva de Cotas nas Universidades para alunos afro-descendentes e oriundos da escola pública.
Para dar base ao seu projeto o próprio MEC encomendou e pagou uma pesquisa sobre o assunto. Para seu azar essa pesquisa realizada pelo Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis (Fonaprace) e pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), fez tudo desandar.
Revelou que boa parte dos estudantes pobres tem acesso ao ensino superior e que a proporção de negros e pardos nas universidades federais é semelhante à registrada pelo IBGE na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio. O mais interessante foi a reação do Ministro Tarso Genro, que através de um assessor declarou que "essa pesquisa não podia sair desse jeito. Ela não está de acordo com a política do ministério". Quer dizer que só são válidas as pesquisa que os agradam e interessam? Isso é muita prepotência! Nas próximas, contratem pesquisadores petistas e encomendem o resultado que desejarem.
As políticas sociais do governo Lula são oferecidas onde não há demanda para isso. Não existe uma preocupação social, mas a repercussão política de suas ações. Eles tentam dar o que comer para os obesos e agora querem reservar vagas nas universidades para os já têm acesso a ela. No lugar de reverem, de reformularem os programas, autoritariamente tentam coibir a publicação das pesquisas, como quando implementaram um sistema de censura no instituto oficial de pesquisa do Brasil, o IBGE. No caso do perfil dos estudantes brasileiros o MEC, que é favorável à política de cotas, montou uma operação para desqualificar o estudo que ele próprio financiou. O levantamento seria exposto numa entrevista coletiva marcada para o início da semana. Como o corpo não cabia no vestido que o Ministro costurou, a divulgação foi cancelada. Agora só falta Tarso aparecer e dizer, copiando o presidente, que: “esta pesquisa não vale porque a pessoa que é afro-descendente ou pobre tem vergonha de dizer que não consegue entrar na universidade”. Essas costureiras do PT são um sarro!
Engraçado, parece que foi ontem. Lembro-me “claramente” de vovó falar que Dona Jacira tinha perdido um dedo mindinho na máquina de costura, culpa de um porre. Foi depois disso que ela passou a costurar torto e tentar enfiar as moças nos vestidos. Igualzinho essa turma de Lula! Deus, como eles costuram torto!
Adriana Vandoni Curvo é economista, especialista em Administração Pública pela FGV/RJ e pós-graduanda em Gerente de Cidades pela FAAP. E-mail: avandoni@uol.com.br
Pois não é que esse caso, que sempre julguei apenas engraçado, está agora, depois de muitos anos, se revelando um modus operandi de uma administração que chega ao terceiro ano no poder tentando enfiar, na marra, o corpo dentro do vestido.
Era um sonho do PT implementar a política de cotas nas universidades. Rios de dinheiro estão sendo gastos em viagens e outras “coisitas” mais para a realização de seminários, discussões, audiências e outros nomes que porventura existirem, para apresentarem a reforma educacional. Que tem como mote principal a política de reserva de cotas para negros, pobres e os índios. Dos índios eu nem falo mais, pois se continuar a situação que está, daqui a dez anos não será preciso cotas para eles, não porque terão voltado para a floresta, mas porque não existirão mais. Esta semana morreu mais uma indiozinha. É possível que, assim como fizeram os americanos, os Generais Custer do PT, de colarzinhos ecológicos, consigam dizimar a população indígena do nosso país.
Como todo petista, o Ministro da Educação Tarso Genro é defensor de uma idéia só. Engraçado, mas isso ocorre com eles. Vejam o exemplo do Suplicy! Há quanto tempo ele defende a renda mínima? O mundo muda, gira e eles continuam com a mesma única idéia. Pois bem, a do Tarso era a tão falada e defendida Reserva de Cotas nas Universidades para alunos afro-descendentes e oriundos da escola pública.
Para dar base ao seu projeto o próprio MEC encomendou e pagou uma pesquisa sobre o assunto. Para seu azar essa pesquisa realizada pelo Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis (Fonaprace) e pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), fez tudo desandar.
Revelou que boa parte dos estudantes pobres tem acesso ao ensino superior e que a proporção de negros e pardos nas universidades federais é semelhante à registrada pelo IBGE na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio. O mais interessante foi a reação do Ministro Tarso Genro, que através de um assessor declarou que "essa pesquisa não podia sair desse jeito. Ela não está de acordo com a política do ministério". Quer dizer que só são válidas as pesquisa que os agradam e interessam? Isso é muita prepotência! Nas próximas, contratem pesquisadores petistas e encomendem o resultado que desejarem.
As políticas sociais do governo Lula são oferecidas onde não há demanda para isso. Não existe uma preocupação social, mas a repercussão política de suas ações. Eles tentam dar o que comer para os obesos e agora querem reservar vagas nas universidades para os já têm acesso a ela. No lugar de reverem, de reformularem os programas, autoritariamente tentam coibir a publicação das pesquisas, como quando implementaram um sistema de censura no instituto oficial de pesquisa do Brasil, o IBGE. No caso do perfil dos estudantes brasileiros o MEC, que é favorável à política de cotas, montou uma operação para desqualificar o estudo que ele próprio financiou. O levantamento seria exposto numa entrevista coletiva marcada para o início da semana. Como o corpo não cabia no vestido que o Ministro costurou, a divulgação foi cancelada. Agora só falta Tarso aparecer e dizer, copiando o presidente, que: “esta pesquisa não vale porque a pessoa que é afro-descendente ou pobre tem vergonha de dizer que não consegue entrar na universidade”. Essas costureiras do PT são um sarro!
Engraçado, parece que foi ontem. Lembro-me “claramente” de vovó falar que Dona Jacira tinha perdido um dedo mindinho na máquina de costura, culpa de um porre. Foi depois disso que ela passou a costurar torto e tentar enfiar as moças nos vestidos. Igualzinho essa turma de Lula! Deus, como eles costuram torto!
Adriana Vandoni Curvo é economista, especialista em Administração Pública pela FGV/RJ e pós-graduanda em Gerente de Cidades pela FAAP. E-mail: avandoni@uol.com.br
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/351657/visualizar/
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