Faculdade de Harvard faz votação histórica contra reitor

Nova York - As declarações feitas pelo reitor de Harvard, Lawrence Summers, num seminário econômico em janeiro, sobre a incapacidade das mulheres na ciência ainda provoca polêmica numa das mais tradicionais instituições de ensino do mundo. Na terça-feira, a Faculdade de Artes e Ciências de Harvard aprovou um voto de não-confiança no reitor, mais um revés para ele, que também é questionado sobre seu modo de administrar.

A votação, 218 a favor e 185 contra, foi simbólica e sem precedentes nos 369 anos de história de Harvard. O resultado expressa uma "falta de confiança" na liderança de Lawrence Summers, que assumiu o posto depois de servir como Secretário do Tesouro do presidente Bill Clinton.

Segundo o jornal britânico The Times, J. Lorand Matory, professor de Antropologia e Estudos Negros, que submeteu a moção, declarou que a iniciativa "era uma declaração retumbante de que a faculdade não tem confiança em Summers e ele deve renunciar ao cargo. Não há alternativa nobre à demissão".

A votação representa, na verdade, a opinião de apenas uma entre dez faculdades de Harvard. Sommers, no entanto, responde à Harvard Corporation, que ainda o apóia.