Advogado preso não é tesoureiro, muito menos conselheiro da OAB

A delegada Cleibe Aparecida de Paula, da equipe de investigações da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos (DRRF), de Cuiabá, esclareceu agora a pouco que o advogado Thutydedes Francisco Conceição Avarez, de 32 anos não é tesoureiro, muito menos conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), de Jauru, no interior Mato Grosso.

Na nova consulta realizada pela delegada, ficou comprovado que em Jauru não existem subseção da OAB. Thutydedes Francisco é assessor jurídico da Prefeitura Municipal de Jauru (Oeste, a 300 km de Cuiabá), cidade onde ele também mora.

Ainda ontem, após ser preso em flagrante por crime de receptação de objetos (jóias) roubados, Thutydedes Francisco foi transferido para um das celas especiais da Delegacia de Polinter e Capturas, em Cuiabá, onde aguardará decisão da Justiça.

ENTENDA O CASO - Investigadores da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos (DRRF), de Cuiabá, em conjunto com investigadores da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos e Veículos (DRRFV), prenderam quatro integrantes de uma quadrilha especializada em roubos de joalherias. Entre os presos está o advogado Thutydedes Francisco Conceição Avarez, de 32 anos, autuado em flagrantes em crime de receptação de objetos roubados e formação de quadrilha.

Além do advogado, também foram presos os assaltantes Sérgio Meneguel, o “Xuxa”, de 38 anos, Joel Alves da Silva, o “Quisto”, ou “Pica-Pau”, 34, e Milton Dias de Souza, o “Velho Milton”, de 50 anos.

Todos foram presos às 15 horas da última segunda-feira (14), na casa de Milton e Joel – na frente funciona um bar, nos fundos é uma casa -, no Jardim Vitória, em Cuiabá.

“Miltinho”, estava armado. Segundo a delegada Cleibe de Paula, da equipe de investigações da DRRFV, ele foi autuado em flagrante nos crimes de roubo, porte ilegal de arma de fogo e formação de quadrilha, o mesmo enquadramento criminal aplicado pela Polícia a “Xuxa” e “Pica-Pau”.

A Polícia ainda investiga a participação da mesma quadrilha em outro roubos, mas “Xuxa” e “Miltinho” já foram reconhecidos através de testemunhas no assalto à Joalheria Ômega, localizada na Rua `Cândido Mariano, no centro e Cuiabá.

Na Ômega”, quatro homens armados - dois entraram e dois ficaram do lado de fora dando cobertura -, assaltaram às 5h45 da última sexta-feira (11), e roubaram uma grande quantidade de jóias.

Parte do roubo estava sendo pesado na tarde de ontem, na casa de Milton, quando investigadores da DRRF e DRRFV chegaram. O advogado alegou que havia chegado de São Paulo, apenas para conversar com Sérgio, o “Xuxa”. “Aquela parte, que segundo nos informaram que custaria dois mil, seria do advogado, só que ele nega”, informou a delegada Cleibe.

A Polícia ainda não concluiu os levantamentos da ficha criminal de todos os acusados, mas já sabe que Sérgio Xuxa tem quatro passagens por roubo pela Polícia de Pontes e Lacerda (Oeste, a 450 km de Cuiabá). Joel Pica-Pau também tem passagens por roubo pela DRRF de Cuiabá.