Rabello nega crise com Santos e critica PMDB

O vereador por Cuiabá, Walter Rabello (PMDB) garante que as divergências com o prefeito Wilson Santos (PSDB) foram superadas, após uma conversa particular entre ambos. Afirma que nunca ameaçou abandonar a base de sustentação do prefeito no Legislativo. Admite, porém, que havia insatisfação generalizada por parte dos vereadores aliados. "Há diferença muito grande em estar insatisfeito e sair da base de sustentação".

Divergências começaram porque Santos não teria nomeado pessoas indicadas pelos vereadores para alguns cargos comissionados. "Eu disse a Wilson que ele tem esse compromisso". O desentendimento entre Executivo e Legislativo, conforme Rabello, pode ser exemplificado pela questão do corte dos 30% da gratificação paga a um segmento de servidores da Prefeitura. "Wilson admitiu que há esse desencontro e que todos somos passíveis de erro. Vamos buscar fazer acertos coletivos, para que ninguém seja pego de surpresa".

Em relação ao futuro político do PMDB, o vereador mostra-se bastante desanimado. "O partido não existe hoje em Cuiabá". O diretório municipal está sem presidente definido, já que o ex-dirigente do partido, Totó Parente, viajou e não é mais localizado. "Ninguém sabe onde Totó está. Já procurei a diretoria do partido, mas não consegui falar com ninguém". Rabello revela que já conversou com o presidente da Assembléia Legislativa, Silval Barbosa (PMDB), para que fosse formada comissão municipal provisória, mas diz não ter obtido retorno. "Estou muito triste de ver que o PMDB, partido nacionalmente conhecido, se esfacelando em Cuiabá".

Desorientado partidariamente, Rabello ameaça trocar de sigla. "Amanhã ou depois vou me ver na obrigação de ter que mudar de partido, coisa que não quero". A origem de todos os problemas é atribuída a Totó. "Isso só aconteceu porque o presidente desapareceu. Foi falta grave e desrespeito muito grande. Ele, que nunca ligou, tem que dar satisfação para o partido".