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Politica Brasil
Quinta - 10 de Março de 2005 às 23:20

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O líder do PTB na Câmara Federal, o deputado José Múcio (PE), criticou a lentidão nas mudanças nos ministérios. "Esta reforma ficou acertada para depois das eleições. Depois, deixaram para depois do Natal, do Ano Novo e do Carnaval. Eu já estou achando que vai ser para depois da Semana Santa. Se não acontecer, quem sabe não sai depois do São João? Daqui a pouco não precisa mais de reforma", ironizou o líder petebista, em entrevista à Rádio Folha 96.7 FM.

Segundo José Múcio, em conseqüência do prazo prorrogado da reforma ministerial, os ministros que estão sendo cogitados para deixar ou trocar de pasta estão sem ânimo para dar continuidade aos trabalhos. "Eles ficam sem estímulo para produzir, quando todos os dias os jornais pautam a sua saída", afirmou.

Sobre as especulações de que o ministro da Saúde, Humberto Costa, vai ser cortado, o deputado disse que "não há afirmação oficial, mas indícios". Ele preferiu defender a atuação do ministro na frente da Saúde. "Faz muito tempo que se diz isso e faz muito tempo que Humberto está lá. É um Ministério dificílimo, cheio de incorporações e grupos. Eu acho que dentro do possível, ele está indo bem", avaliou o deputado. Ele acrescentou, ainda, que algumas reclamações por parte de parlamentares são motivadas por pedidos não atendidos.

Múcio comentou também sua ausência da reunião com o presidente Lula, negando que a motivação tenha sido dificuldades de relacionamento com o Planalto. O parlamentar afirmou que a reforma ministerial é uma questão que cabe ao presidente do partido resolver. "Achei correto que fosse o presidente do meu partido e o ministro (Walfrido Mares Guia), que no caso são mais ligados à vida dos parlamentares. Nesta conversa, quanto menos gente, melhor", analisou.

Ainda na entrevista, o deputado explicou a resposta dada a um repórter, ontem, na saída de uma reunião no Planalto, de que "se hoje fosse 1º de abril, eu responderia: está tudo ótimo". "Nós estávamos vindo de uma reunião sobre a reforma tributária e não houve consenso. Eu queria aprovar a questão do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para facilitar a vida dos municípios e a questão do Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR), que seria um benefício para o Nordeste. E o ministro (Palocci) não quis fazer isso. Nós, como líderes, queríamos atender aos prefeitos e o ministro Palocci não abriu mão", concluiu. Ele informou que a reunião sobre o FPM e o FDR foi adiada para o dia 29 deste mês.





Fonte: Agência Nordeste

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