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Liberação de emendas emperra definição de Henry para ministério
Com a pauta travada na Câmara e no Senado, devido à necessidade de votação imediata de medidas provisórias, as atenções do Congresso nesta semana estão voltadas para a reforma ministerial.
Na Câmara, duas emendas constitucionais podem ter suas votações prejudicadas em função da espera da reforma. A primeira é a PEC (proposta de emenda constitucional) paralela da Previdência. A matéria vai para plenário, onde deve ter o final da sua votação em primeiro turno. A outra PEC na pauta é a reforma tributária. O plenário deve votar antes das PECs, a MP que regulamenta o uso do biodiesel.
A expectativa é de que a qualquer momento o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dê início à reforma, já esperada desde outubro do ano passado. O partido que vê com maior interesse esta reforma é o PP.
O presidente da Câmara, deputado Severino Cavalcanti (PP-PE), tem deixado claro que quer maior espaço para seu partido na reforma. Severino espera no mínimo dois ministérios para o PP, que apesar de integrar a base aliada desde o início do governo, não ocupa qualquer ministério.
A busca de nomes dentro do PP tem sido a principal preocupação da legenda. O ex-líder, Pedro Henry (MT), é o mais cotado para ocupar uma vaga na esplanada. Seu nome já foi apresentado oficialmente pelo presidente do partido, deputado Pedro Corrêa (PE), para o presidente Lula.
Henry, no entanto, está desgastado dentro da bancada, devido a liberação de emendas do Orçamento do ano passado. O PP tem vários nomes, todos eles barrados pelo PT, como é o caso do ex-ministro do Trabalho no governo Fernando Henrique Cardoso, deputado Francisco Dornelles (RJ), e o deputado Delfim Netto (SP), ex-ministro da Agricultura, Fazenda e do Planejamento do período do regime militar.
Além dos nomes que circulam dentro do PP, e que causam resistência no PT, os ministérios que o partido gostaria de comandar, Saúde e Educação, são os de maior orçamento da Esplanada e historicamente são de interesse petista.
Aldo Rebelo
O presidente Lula deve decidir também nesta semana o futuro do ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo. Aldo vem sofrendo um processo de "fritura" comandado por uma ala do PT que quer a coordenação política de volta às mãos do partido e culpa diretamente o ministro pela derrota na eleição para a presidência da Câmara.
O nome do PT para substituir Aldo Rebelo é o do ex-presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha (SP). Outra possibilidade estudada é a extinção da coordenação política como um ministério à parte e sua incorporação à Casa Civil, da qual foi desmembrada na última reforma ministerial.
Outra decisão a ser tomada pelo presidente se refere ao espaço a ser dado ao PMDB. O presidente aguardou nas últimas semanas que o partido acabasse com as disputas internas, principalmente na Câmara, para definir o espaço do PMDB na reforma.
As brigas internas continuam e na avaliação do líder do partido no Senado, Ney Suassuna (PB), isto só enfraqueceu o partido perante o governo. "Não era o momento para se ter uma crise interna. Em vez de mostrarmos força, nos desunimos e acabamos perdendo espaço", avaliou Suassuna.
Há ainda a expectativa da acomodação da senadora licenciada pelo Maranhão, Roseana Sarney (PFL), dentro da reforma. A pasta a ser ocupada por Roseana ainda não foi definida. Para seu ingresso no ministério, ela precisa primeiro se recuperar de uma cirurgia e depois se desligar do PFL, partido pelo qual foi eleita por duas vezes governadora do seu Estado.
Na Câmara, duas emendas constitucionais podem ter suas votações prejudicadas em função da espera da reforma. A primeira é a PEC (proposta de emenda constitucional) paralela da Previdência. A matéria vai para plenário, onde deve ter o final da sua votação em primeiro turno. A outra PEC na pauta é a reforma tributária. O plenário deve votar antes das PECs, a MP que regulamenta o uso do biodiesel.
A expectativa é de que a qualquer momento o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dê início à reforma, já esperada desde outubro do ano passado. O partido que vê com maior interesse esta reforma é o PP.
O presidente da Câmara, deputado Severino Cavalcanti (PP-PE), tem deixado claro que quer maior espaço para seu partido na reforma. Severino espera no mínimo dois ministérios para o PP, que apesar de integrar a base aliada desde o início do governo, não ocupa qualquer ministério.
A busca de nomes dentro do PP tem sido a principal preocupação da legenda. O ex-líder, Pedro Henry (MT), é o mais cotado para ocupar uma vaga na esplanada. Seu nome já foi apresentado oficialmente pelo presidente do partido, deputado Pedro Corrêa (PE), para o presidente Lula.
Henry, no entanto, está desgastado dentro da bancada, devido a liberação de emendas do Orçamento do ano passado. O PP tem vários nomes, todos eles barrados pelo PT, como é o caso do ex-ministro do Trabalho no governo Fernando Henrique Cardoso, deputado Francisco Dornelles (RJ), e o deputado Delfim Netto (SP), ex-ministro da Agricultura, Fazenda e do Planejamento do período do regime militar.
Além dos nomes que circulam dentro do PP, e que causam resistência no PT, os ministérios que o partido gostaria de comandar, Saúde e Educação, são os de maior orçamento da Esplanada e historicamente são de interesse petista.
Aldo Rebelo
O presidente Lula deve decidir também nesta semana o futuro do ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo. Aldo vem sofrendo um processo de "fritura" comandado por uma ala do PT que quer a coordenação política de volta às mãos do partido e culpa diretamente o ministro pela derrota na eleição para a presidência da Câmara.
O nome do PT para substituir Aldo Rebelo é o do ex-presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha (SP). Outra possibilidade estudada é a extinção da coordenação política como um ministério à parte e sua incorporação à Casa Civil, da qual foi desmembrada na última reforma ministerial.
Outra decisão a ser tomada pelo presidente se refere ao espaço a ser dado ao PMDB. O presidente aguardou nas últimas semanas que o partido acabasse com as disputas internas, principalmente na Câmara, para definir o espaço do PMDB na reforma.
As brigas internas continuam e na avaliação do líder do partido no Senado, Ney Suassuna (PB), isto só enfraqueceu o partido perante o governo. "Não era o momento para se ter uma crise interna. Em vez de mostrarmos força, nos desunimos e acabamos perdendo espaço", avaliou Suassuna.
Há ainda a expectativa da acomodação da senadora licenciada pelo Maranhão, Roseana Sarney (PFL), dentro da reforma. A pasta a ser ocupada por Roseana ainda não foi definida. Para seu ingresso no ministério, ela precisa primeiro se recuperar de uma cirurgia e depois se desligar do PFL, partido pelo qual foi eleita por duas vezes governadora do seu Estado.
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/354322/visualizar/
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