SES é principal vítima de golpes

A Delegacia Fazendária (que investiga crimes contra o patrimônio público) tem hoje 15 inquéritos em fase de investigação, sendo que 11 são crimes cometidos contra a Secretaria Estadual de Saúde (SES). Dois casos pertencem à Secretaria Estadual de Educação e um à Fundação Estadual de Meio Ambiente (Fema).

A delegada Maria Alice Amorim disse acreditar que não existe uma "Máfia da Saúde", como são chamados os crimes cometidos contra a SES, já que os crimes que estão sendo apurados são casos isolados.

"O importante é fazer uma limpeza, tirar do serviço público pessoas que estão em posição estratégica e que se beneficiam do trabalho que deveriam desenvolver".

Maria Alice disse ainda que prefeituras no interior do Estado estão sendo investigadas pelo desvio de verbas destinadas à saúde. Entretanto, como os casos estão em andamento, ela preferiu não tecer comentários a respeito.

Em novembro do ano passado, as delegadas Maria Alice e Alana Derlene Cardoso descobriram uma fraude que envolvia novamente a compra de medicamentos de alto custo e gerou uma compra fraudulenta no valor de R$ 10 milhões.

Quatro pessoas, sendo dois funcionários da SES, foram indiciadas por fraude em licitação. O empresário André Rodrigues de Oliveira terminou preso em flagrante por estar de posse de apetrechos para falsificação e compra de medicamentos pelo Estado.

Novamente a abertura do procedimento para investigar o "cartel dos medicamentos" se deu em virtude do pedido do secretário da pasta, Marcos Machado. A polícia descobriu que durante seis meses a empresa Diagmed - que representa quatro distribuidoras de medicamentos de Goiânia - revendeu sem licitação remédios para tratamento de doenças como esclerose múltipla e para transplantados renais. (PN)