Ex-senador denuncia corrupção

“A hidrovia Paraguai/Paraná foi morta pela soberania dos países, pela burocracia e pela corrupção que sempre reinou naqueles que tentavam colocar a mesma em prática”, assim se manifestou o ex-senador boliviano, Joaquin Aguirre, atual presidente da Central Aguirre Portuária S/A, na Zona Franca Comercial e Industrial, que se encontra à frente de Corumbá, na divisa com Mato Grosso do Sul. “Todos receberam dinheiro, políticos, funcionários públicos, civis e militares para não deixarem ir para frente a hidrovia, ao ponto de construírem às margens do mesmo uma rodovia, num completo absurdo e abuso”, ponderou Joaquin Aguirre.

Ele lembra que os presidentes do Brasil, da Bolívia, Argentina, Paraguai e Uruguai assinaram protocolos de formalização da Comissão Permanente de Transporte da Bacia do Prata, tornando o rio e a bácia como águas internacionais para que houvesse a navegação e a utilização do mesmo por todos os países envolvidos. “Este evento foi referendado por todos os ministros chanceleres dos países e nem assim as coisas acontecerão, pois a corrupção e os argumentos de que o meio ambiente seria prejudicado acabou por prejudicar esse importante meio de escoamento de produtos do agronegócio, importantes para a economia da América do Sul”, explicou.

Ainda segundo o ex-senador, o governador Blairo Maggi foi informado de que são necessárias boa vontade e força para mudar os conceitos de todos os irmãos latino-americanos. “Temos que nos unir igual a comunidade européia para podermos ser respeitados lá fora. Cada vez que um país, seja o Brasil, a Bolívia e a Argente negociam seus produtos de forma isolada, perde preço, competitividade e principalmente chances de bons negócios”.

“Tenho esperança que o governador Blairo Maggi vai conseguir mudar o rumo da história do Paraguai/Paraná, porque pensa diferente e age diferente dos políticos tradicionais. Fui senador para servir a minha pátria não por vaidades pessoais”, concluiu.