Waldir Teis responsabiliza AMM pela briga do IPM

O secretário de Fazenda do Estado, Waldir Teis, atribuiu à Associação Matogrossense dos Municípios a responsabilidade pelo imbróglio que se tornou o repasse do ICMS entre os municípios. “Eles tinham o problema na mão e não quiseram assumir. Queriam que o governador assumisse o problema. Não é assim que tem que ser, pois é preciso que se divida as responsabilidades”, afirmou Teis.

Nesta semana, a AMM trouxe a Cuiabá o diretor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Ricardo Simonsen, para conhecer o método de cálculo utilizado pelos técnicos da Sefaz para distribuir os 25% do imposto, destinados aos municípios. O presidente da entidade, José Aparecido dos Santos, “Cidinho”, afirmou que existe o interesse em contratar a consultoria para melhor acompanhar a definição dos cálculos para o próximo ano.

Na avaliação do consultor, a fórmula utilizada pela Secretaria de Fazenda está dentro da normalidade e considerou que até avançada. Para ele, apenas alguns ajustes ainda serão necessários. O secretário de Finanças rechaçou a intenção da AMM. “Se a AMM quiser contratar a assessoria ela vai contratar por conta dela. Eu particularmente acho que é jogar dinheiro fora, tendo em vista que o consultor já disse que cálculo da Sefaz está correto”, apontou Waldir Teis.

Ele admitiu que hoje o quadro de fiscalização da Sefaz é deficitário, porém, nega que isso seja a causa das constatações de que existem falsificação nas GIAs. “É um mal que vem de muito tempo. Pessoas que querem tirar proveito e isso parece que se tornou uma cultura, principalmente, em municípios do interior”, disse. Teis defendeu o governador. “Ele sempre foi legalista. Agora se o cálculo vai contra os interesses dos prefeitos, o governador não tem culpa nenhuma, a Sefaz não tem culpa”, esbravejou.