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Está faltando o tubarão
Os jornais de ontem trouxeram nota do deputado federal Pedro Henry anunciando sua desistência do pleito de ministro no governo Lula, como vinha sendo anunciado desde o começo de dezembro. O deputado alegou que não valeria a pena ficar só nove meses num ministério antes de se desicompatibilizar para uma candidatura de senador, como era esperada até então. Esta era a engenharia: uma vez ministro teria peso e força política de praticamente impor sua disputa solitária à senatória. Quase imbatível. Sem o ministério a senatória vai para o tapetão em disputa livre.
Com isso, só resta mesmo no páreo fazendo algum tipo de oposição ao PPS e ao governador Blairo Maggi, o ex-prefeito de Várzea Grande, Jaime Campos. Porém, quem conhece Jaime sabe que ele não joga para perder. É um político tradicional, oriundo da velha escola do PSD, partido que ajudou a montar a cultura política brasileira e até hoje exerce influência na atitude de muitos políticos. Sua oposição só terá sentido se conseguir formar um bloco de oposição, que não parece fácil.
Aí, o governador Blairo Maggi fica sozinho para decidir tanto a condução do governo quanto das eleições de 2006 para a eleição do governador, da vaga de senador, como influir pesado nas oito vagas de deputados federais e de 24 deputados estaduais.
Sem oposição e sem contraponto, o governador terá dificuldade de aprimorar-se politicamente, porque a crítica incomoda, mas aprimora.
Registro aqui uma fábula que recebi pela internet nesta semana. Ela cabe direitinho no figurino atual da política em Mato Grosso. Os japoneses são profundos apreciadores e conhecedores dos sabores de peixe. Com o crescimento da população e o esgotamento da pesca nas águas do mar do Japão, eles tiveram que pescar em mares distantes. Congelavam o pescado. Os japoneses rejeitaram o sabor da carne congelada. Tentaram várias formas de conservação, todas desaprovadas pelos consumidores.
Então adaptaram grandes tanques de água salgada nos navios e trouxeram os peixes vivos, mas os consumidores rejeitaram a carne magra dos peixes estressados pela viagem. Foi então que fizeram uma coisa genial: colocaram os peixes nos tanques e dentro um tubarão. Os peixes entraram em estado de alerta e de defesa. Durante toda a viagem tinham que sobreviver e, mesmo que o tubarão comesse alguns, sua carne foi considerada de sabor excepcional.
A conclusão,é a de que o PPS e o governador Blairo Maggi precisam de um tubarão para melhorar o gosto da política mato-grossense, e dar-lhe um sentido de contraponto.
No mínimo, a fábula do tubarão merece uma reflexão.
Onofre Ribeiro é articulista deste jornal e da revista RDM onofreribeiro@terra.com.br
Com isso, só resta mesmo no páreo fazendo algum tipo de oposição ao PPS e ao governador Blairo Maggi, o ex-prefeito de Várzea Grande, Jaime Campos. Porém, quem conhece Jaime sabe que ele não joga para perder. É um político tradicional, oriundo da velha escola do PSD, partido que ajudou a montar a cultura política brasileira e até hoje exerce influência na atitude de muitos políticos. Sua oposição só terá sentido se conseguir formar um bloco de oposição, que não parece fácil.
Aí, o governador Blairo Maggi fica sozinho para decidir tanto a condução do governo quanto das eleições de 2006 para a eleição do governador, da vaga de senador, como influir pesado nas oito vagas de deputados federais e de 24 deputados estaduais.
Sem oposição e sem contraponto, o governador terá dificuldade de aprimorar-se politicamente, porque a crítica incomoda, mas aprimora.
Registro aqui uma fábula que recebi pela internet nesta semana. Ela cabe direitinho no figurino atual da política em Mato Grosso. Os japoneses são profundos apreciadores e conhecedores dos sabores de peixe. Com o crescimento da população e o esgotamento da pesca nas águas do mar do Japão, eles tiveram que pescar em mares distantes. Congelavam o pescado. Os japoneses rejeitaram o sabor da carne congelada. Tentaram várias formas de conservação, todas desaprovadas pelos consumidores.
Então adaptaram grandes tanques de água salgada nos navios e trouxeram os peixes vivos, mas os consumidores rejeitaram a carne magra dos peixes estressados pela viagem. Foi então que fizeram uma coisa genial: colocaram os peixes nos tanques e dentro um tubarão. Os peixes entraram em estado de alerta e de defesa. Durante toda a viagem tinham que sobreviver e, mesmo que o tubarão comesse alguns, sua carne foi considerada de sabor excepcional.
A conclusão,é a de que o PPS e o governador Blairo Maggi precisam de um tubarão para melhorar o gosto da política mato-grossense, e dar-lhe um sentido de contraponto.
No mínimo, a fábula do tubarão merece uma reflexão.
Onofre Ribeiro é articulista deste jornal e da revista RDM onofreribeiro@terra.com.br
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/354669/visualizar/
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