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Politica Brasil
Sábado - 05 de Março de 2005 às 07:39
Por: Karoline Garcia

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“Não vou responder ao gaúcho Waldir Teis. Vou falar diretamente ao governador”. A declaração do prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), foi dada um dia após a recomendação do secretário de Fazenda, Waldir Teis, para que o prefeito estudasse e se inteirasse da lei que estabelece os critérios para o cálculo de distribuição do ICMS, entre os municípios.

Santos considerou que está sendo humilde ao pedir ao governador Blairo Maggi (PPS) que reveja a situação da capital e não permita que o índice de 15,9% de arrecadação do imposto, previsto para este ano, caia ainda mais. “Estou me humilhando, sendo humilde: governador não prejudique Cuiabá”.

O apelo do prefeito ganha tom de ameaça quando questionado sobre a relação política com o governador. “Se ele prejudicar Cuiabá, terá uma série de conseqüências”, avisou Wilson Santos, se referindo a desistência em “apoiar” o chefe do Executivo no próximo pleito. Por diversas vezes, o tucano declarou sua simpatia pela reeleição do governador Blairo Maggi, em 2006, mesmo afirmando que segue com seu partido, o PSDB.

Santos não comentou o fato de Teis ter afirmado que “ele não está conhecendo o que é uma lei nas mãos do Executivo ou qual é a função da lei”. Ao invés de rebater, o prefeito apresentou dados que mostram que o índice de participação de Cuiabá, em relação a outras capitais é o mais baixo.

Segundo as informações do tucano, Goiânia (GO) tem 21,5% de participação, Campo Grande (MS) com 23%, Porto Velho (RO) tem 25%, Fortaleza (CE) chega a 37% e Manaus (AM) que lidera com 65% de participação na distribuição do ICMS.

“O Estado tem que ter firmeza e posicionar nessa questão. O próprio governador já afirmou que existe sonegação, falsificação das GIAs”, declarou.

Wilson Santos representa os grandes municípios na comissão de prefeitos criada pela Associação Matogrossense dos Municípios para acompanhar os cálculos feitos pela Sefaz para o próximo ano. As duas comissões, tanto a de prefeitos quanto a comissão mista, não vão interferir no índices correspondentes a este ano, os quais serão publicados na próxima semana, conforme afirmou o secretário de Fazenda.




Fonte: Diário de Cuiabá

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