Juiz condena candidato de Sorriso a prisão

O empresário Clomir Bedin (PMDB), o Chicão, candidato derrotado à Prefeitura de Sorriso, foi condenado a seis meses de detenção. A sentença é do juiz eleitoral Cláudio Zeni, que alega que o peemedebista propôs ação temerária e de má fé contra o prefeito eleito Dilceu Rossato (PPS). O magistrado condenou ainda o candidato a vice-prefeito pela coligação "Sorriso Para Todos", Maximino Vanzella, e o presidente municipal do PFL, Nivaldo Martinello.

Chicão foi condenado após arquivamento do processo que ele mesmo apresentou contra o então candidato Dilceu Rossato, acusado pelo peemedebista por compra de votos e abuso de poder econômico. Como cabe recurso à decisão, Chicão, no entanto, só pode ser preso após o julgamento do mérito.

Em sua decisão, o juiz eleitoral alega que, durante a investigação eleitoral 312/04, o que ficou comprovado foi o delito cometido pelos autores da ação e não as denúncias feitas por Chicão. Argumenta também que existiam planilhas de caixa, onde se comprova que os assessores do peemedebista recebiam dinheiro para custear a campanha da coligação "Sorriso Para Todos"; além de depoimento de testemunhas que garantem ter sido subornadas para acusar Rossato e vender voto. De acordo com a assessoria de Rossato, as testemunhas que teriam sido aliciadas pelo grupo de Chicão Bedin deverão ainda responder a processo criminal por falsidade ideológica.

O grupo de Rossato acusa também Bedin de pagar até R$ 2,6 mil para as testemunhas acusarem o prefeito eleito. Outras teriam recebido quitação de parcelas de consórcio e vários depósitos em conta corrente em nome das próprias testemunhas ou de seus parentes.