Malária avança e é preocupa em MT

A Secretaria Estadual de Saúde fará uma ação emergencial na região Noroeste de Mato Grosso para avaliar o aumento de casos de malária em alguns municípios, cuja situação é de endemia.

Agentes das Vigilâncias Epidemiológica e Ambiental pretendem fazer um mapeamento das áreas que apresentam os maiores índices de contaminação e identificar os criadouros do mosquito que transmite a doença.

No município de Colniza, a situação chama a atenção das autoridades de saúde. Somente nos dois primeiros meses deste anos, já foram notificados 205 casos de malária, sem contar os vários outros que não entraram nos registros oficiais. Do total, 133 foram identificados como do tipo vivax e 71 como falciparum, a forma mais grave da doença.

O mosquito desenvolve-se em áreas alagadas, como as de garimpo, mas também podem contribuir fatores como o desmatamento e a migração populacional excessiva. Colniza é o destino preferido de imigrantes de Rondônia que mudam para Mato Grosso atraídos por terras ou por atividades de mineração. Nos arredores do município há florestas extensas

"Se um imigrante desses vier contaminado com a malária, os riscos de um aumento de casos é real", observa a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Moema Blatt. A ação não faz parte dos trabalhos de permanentes de controle de doenças tropicais, como a dengue. É um esforço concentrado para levantar dados sobre uma situação atípica em determinada região.

Segundo Moema, o município de Colniza está abastecido com medicamentos suficiente para atender os pacientes. O programa federal de combate à malária, que fornece estrutura material aos municípios em áreas endêmicas, ainda não fez o repasse anual para Colniza. Em 2004, a Secretaria de Saúde notificou 6.427 casos de malária.

Os agentes devem embarcar para o região Noroeste na segunda quinzena deste mês.