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A posse de Tabaré Vázquez
O Uruguai inaugurou o primeiro governo centro-esquerdista de sua história, com a posse do presidente Tabaré Vázquez nesta terça-feira (1). "Pepe" Mujica, que passou 14 anos preso, acusado de ser líder terrorista tupamaro, é o novo ministro da Agricultura. Afirma ter renunciado ao desejo de extinguir a burguesia. Agora, buscará mantê-la para "ordenhá-la".
A mudança reflete a evolução pela qual vêm passando os socialistas do Cone Sul. Nos anos 70, Uruguai e Chile possuíam as frentes esquerdistas mais massivas do continente. Nos dois casos, as esquerdas sofreram golpes e uma posterior "moderação" que as levou a chegarem ao governo, embora renunciando às suas iniciais bandeiras radicais.
Danilo Astori assumiu a pasta da economia. A escolha tranqüilizou os mercados, mas tem sido criticada por bases marxistas, que temem que Vázquez não promova mudanças sócio-econômicas mais profundas.
O novo presidente uruguaio deve seguir a rota de Lagos e Lula (e não a de Allende ou Castro) para manter a política econômica monetarista. Ainda que propondo um plano social de emergência e melhorando os vínculos com Cuba (com quem o país havia rompido relações em 2002) e o Mercosul.
Isaac Bigio é analista internacional. Foi professor de política brasileira e latino-americana na London School of Economics. Tem uma coluna diária no jornal Correo, o diário em espanhol de maior circulação no hemisfério sul, e escreve para dezenas de meios de comunicação dos cinco continentes. Link: www.bigio.org
A mudança reflete a evolução pela qual vêm passando os socialistas do Cone Sul. Nos anos 70, Uruguai e Chile possuíam as frentes esquerdistas mais massivas do continente. Nos dois casos, as esquerdas sofreram golpes e uma posterior "moderação" que as levou a chegarem ao governo, embora renunciando às suas iniciais bandeiras radicais.
Danilo Astori assumiu a pasta da economia. A escolha tranqüilizou os mercados, mas tem sido criticada por bases marxistas, que temem que Vázquez não promova mudanças sócio-econômicas mais profundas.
O novo presidente uruguaio deve seguir a rota de Lagos e Lula (e não a de Allende ou Castro) para manter a política econômica monetarista. Ainda que propondo um plano social de emergência e melhorando os vínculos com Cuba (com quem o país havia rompido relações em 2002) e o Mercosul.
Isaac Bigio é analista internacional. Foi professor de política brasileira e latino-americana na London School of Economics. Tem uma coluna diária no jornal Correo, o diário em espanhol de maior circulação no hemisfério sul, e escreve para dezenas de meios de comunicação dos cinco continentes. Link: www.bigio.org
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/355602/visualizar/
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