MT lidera a geração de empregos formais no País

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego, Mato Grosso lidera o ranking dos Estados que mais geraram empregos formais nos últimos 12 meses (fevereiro de 2004 a janeiro de 2005). Considerando a evolução do emprego por nível geográfico, o Estado apresentou uma variação de empregabilidade de 6,52%, enquanto que no Brasil esse índice ficou em 3,18%. Foram 19.113 novas vagas criadas.

Essa variação percentual corresponde ao saldo proveniente do total de trabalhadores admitidos e demitidos e leva em consideração o total de vagas novas que foram abertas, além de outras variáveis como, por exemplo, densidade demográfica e população.

No balanço destes doze meses do Caged, em segundo lugar ficou o Estado de Amazonas e em terceiro o do Tocantins. Mato Grosso apresenta melhor resultado que Estados maiores e mais desenvolvidos como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais justamente porque nestas cidades o saldo de novas vagas criadas é muito pequeno comparando-se o universo de trabalhadores que foram demitidos. “Na maior parte destes Estados o que ocorre é a substituição da mão-de-obra e não a abertura de uma nova vaga de emprego. Eles disponibilizam muitas vagas, porém demitem muito também. É mais a substituição do empregado do que a contratação de um novo”, explicou o secretário-adjunto da Secretaria de Trabalho, Emprego e Cidadania, José Rodrigues.

A atividade econômica que mais cresceu em Mato Grosso neste período foi a Agricultura com 8.471 novos empregos formais criados, em segundo lugar ficou o Comércio, com 7.117 empregos criados e em terceiro a Indústria de Transformação com 3.870 empregos. No acumulado destes doze meses as atividades econômicas Construção Civil, Serviços e Utilidade Pública apresentaram índices negativos.

No Brasil, o ranking é diferente, com os Serviços liderando a lista das atividades econômicas que mais evoluíram seguido pelo Comércio, em terceiro ficou a Indústria de Transformação e a Agricultura aparece em quarto lugar com 64.909 empregos formais gerados durante o período de fevereiro de 2004 a janeiro de 2005.

Os Municípios de Mato Grosso que apresentaram o melhor desempenho na criação de empregos formais foram Rondonópolis, Várzea Grande, Tangará da Serra e Sinop, ocupando, respectivamente, o primeiro, segundo, terceiro e quarto lugar na análise da evolução do emprego formal realizada pelo Caged em cidades do Estado com mais de 50 mil habitantes.

O secretário-adjunto Setec, José Rodrigues, responsabiliza o crescimento dos empregos formais ao aumento dos empregos na atividade primária, na agricultura, que é um indicativo do crescimento do Estado. E, segundo o secretário-adjunto da Setec, a Indústria de Transformação em Mato Grosso teve um saldo positivo nas contratações na medida em que novas indústrias de transformação das nossas matérias primas foram se instalando para agregar valor à soja, algodão, madeira e carnes.

A secretária de Trabalho, Emprego e Cidadania, Terezinha Maggi, que coordena às ações de intermediação de mão-de-obra e inserção do trabalhador no mercado formal através do Sine, acentua que o Governo do Estado tem colocado como prioridade a inclusão social por meio da geração de emprego e renda e em investimentos na qualificação profissional. “Existem as vagas, mas elas não são preenchidas por falta de mão-de-obra capacitada. Daí a necessidade de investimentos na área da profissionalização do trabalhador”, afirmou a secretária.