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Cientistas pedem aprovação do projeto de lei de Biossegurança
Brasília - Enquanto os religiosos divergem sobre as pesquisas com células-tronco embrionárias previstas na lei de Biossegurança, entre os cientistas as pesquisas são consideradas essenciais para ajudar na cura de várias doenças - especialmente as musculares e do aparelho locomotor. A diretora do Centro de Estudos do Genoma Humano da Universidade de São Paulo (USP), Mayana Zats, se reuniu na terça-feira (1) com o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE) para discutir a votação da lei.
Zats deixou o encontro otimista quanto à votação da lei. "Pelo que ele disse, não vai prejudicar a votação. Ele tem todo o direito de ser contrário, mas a maioria é que vai decidir, e ele prometeu ouvir a maioria". A pesquisadora estava acompanhada de mais de cem familiares e portadores de deficiências que pedem a aprovação da matéria.
Na opinião da pesquisadora, ser contrário à vida é não permitir as pesquisas com células-tronco embrionárias, "que têm potencial no futuro de salvar vidas não sejam permitidas". Mayana Zats revelou que há dez anos a comunidade científica realiza pesquisa com células-tronco adultas, mas que as embionárias têm maior capacidade de ajudar na cura das doenças.
A pesquisadora também rebate o argumento da Igreja Católica de que as células-embrionárias são vidas descartadas. "Só na Inglaterra, há pouco tempo, cinco mil embriões foram descartados porque ninguém queria, e ficava oneroso mantê-los congelados. Não teria sido melhor usá-los para pesquisas do que descartá-los?", questionou.
O líder do governo na Câmara, deputado Professor Luizinho (PT-SP), disse que o governo quer votar o projeto da Biossegurança. "Faremos empenho para isso. Na minha opinião, há na Casa maioria tranquila para manter o texto do Senado, para resolver o futuro da ciência no Brasil e dar oportunidade àquelas pessoas que perderam a condição de ter esperanças a terem uma vida e decente", disse.
Além de regulamentar as pesquisas com células-tronco, a lei de Biossegurança também estabelece regras para o plantio, comercialização e pesquisas com sementes transgênicas. "Para que a gente resolva a questão dos transgênicos no país, sem medidas provisórias para cuidar da soja transgênica a cada ano, temos que resolver esse debate e regulamentar o plantio", defendeu.
O relator do projeto de Lei da Biossegurança, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), afirmou que não aceita fatiar o projeto e nem retirar o dispositivo que autoriza as pesquisas com células-tronco embrionárias. "Essa será a última votação da matéria antes dela ser mandada à sanção. Conto com o apoio dos ministérios da Coordenação Política, Ciência e Tecnologia, Agricultura e Desenvolvimento. As pesquisas com células-tronco abrem a janela para a vida", afirmou o deputado.
Hoje a bancada do PT, que ainda não fechou questão sobre a lei de Biossegurança, recebe a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. A ministra já manifestou publicamente ressalvas ao plantio com sementes transgênicas no país. O deputado João Alfredo (PT-CE) disse acreditar que a liderança vai liberar o voto da bancada.
Zats deixou o encontro otimista quanto à votação da lei. "Pelo que ele disse, não vai prejudicar a votação. Ele tem todo o direito de ser contrário, mas a maioria é que vai decidir, e ele prometeu ouvir a maioria". A pesquisadora estava acompanhada de mais de cem familiares e portadores de deficiências que pedem a aprovação da matéria.
Na opinião da pesquisadora, ser contrário à vida é não permitir as pesquisas com células-tronco embrionárias, "que têm potencial no futuro de salvar vidas não sejam permitidas". Mayana Zats revelou que há dez anos a comunidade científica realiza pesquisa com células-tronco adultas, mas que as embionárias têm maior capacidade de ajudar na cura das doenças.
A pesquisadora também rebate o argumento da Igreja Católica de que as células-embrionárias são vidas descartadas. "Só na Inglaterra, há pouco tempo, cinco mil embriões foram descartados porque ninguém queria, e ficava oneroso mantê-los congelados. Não teria sido melhor usá-los para pesquisas do que descartá-los?", questionou.
O líder do governo na Câmara, deputado Professor Luizinho (PT-SP), disse que o governo quer votar o projeto da Biossegurança. "Faremos empenho para isso. Na minha opinião, há na Casa maioria tranquila para manter o texto do Senado, para resolver o futuro da ciência no Brasil e dar oportunidade àquelas pessoas que perderam a condição de ter esperanças a terem uma vida e decente", disse.
Além de regulamentar as pesquisas com células-tronco, a lei de Biossegurança também estabelece regras para o plantio, comercialização e pesquisas com sementes transgênicas. "Para que a gente resolva a questão dos transgênicos no país, sem medidas provisórias para cuidar da soja transgênica a cada ano, temos que resolver esse debate e regulamentar o plantio", defendeu.
O relator do projeto de Lei da Biossegurança, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), afirmou que não aceita fatiar o projeto e nem retirar o dispositivo que autoriza as pesquisas com células-tronco embrionárias. "Essa será a última votação da matéria antes dela ser mandada à sanção. Conto com o apoio dos ministérios da Coordenação Política, Ciência e Tecnologia, Agricultura e Desenvolvimento. As pesquisas com células-tronco abrem a janela para a vida", afirmou o deputado.
Hoje a bancada do PT, que ainda não fechou questão sobre a lei de Biossegurança, recebe a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. A ministra já manifestou publicamente ressalvas ao plantio com sementes transgênicas no país. O deputado João Alfredo (PT-CE) disse acreditar que a liderança vai liberar o voto da bancada.
Fonte:
Agência Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/355865/visualizar/
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