Pescador volta ao rio sem ânimo

Com o fim da piracema os pescadores de Mato Grosso voltam novamente aos rios. Mas sem muitos motivos para comemorar. Segundo alguns deles, está cada vez mais difícil de encontrar "peixes nobres" como o dourado e o pintado nas águas do Estado, mesmo com os quatro meses de duração da piracema.

Conforme declaração do presidente da Colônia de Pescadores Z-14 de Várzea Grande, Nicácio José da Silva, pescador há mais de 30 anos, o peixe do rio Cuiabá está acabando e ninguém está fazendo nada para resolver o problema.

Segundo ele, muitos dos pescadores da colônia dele e da colônia de pescadores de Cuiabá estão migrando para o Pantanal ou para o rio Paraguai para poder pescar os "peixes nobres". "Pintado e dourado são peixes que a gente já não vê mais no rio Cuiabá como se via há uns dez anos atrás", atentou Nicácio.

Para o pescador, na época da piracema, além da ajuda de custo do governo federal, que é de um salário mínimo, seria necessário uma cesta básica para a família dos pescadores. "Desta forma, o dinheiro que é dado pelo governo seria uma ajuda a mais na sobrevivência dos pescadores", explicou.

A Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fema) foi procurada para falar sobre o assunto, mas ninguém foi encontrado.