Repórter News - reporternews.com.br
Para Genoino, PSDB ainda se ressente da perda do poder
O presidente do PT, José Genoino, afirmou que o PSDB ainda não se conforma em ter deixado o poder e por isso insiste em "fazer tempestade em copo d'água", referindo-se à repercussão das declarações do presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva de que teria abafado denúncia de corrupção no governo de seu antecessor. "Eu acho que setores da oposição ainda não se conformaram com o papel que o povo lhes deu de ser oposição. Os setores do PSDB que governaram o Brasil durante oito anos deveriam deixar o Lula governar o Brasil tranquilamente", disse Genoino à Reuters no saguão do aeroporto internacional de Montevidéu, no Uruguai, onde desembarcou para acompanhar, na terça-feira, a posse do novo presidente uruguaio, Tabaré Vásquez.
Na última quinta-feira, em visita ao Espírito Santo, Lula afirmou que omitiu informações de supostas irregularidades em uma estatal que cuidou de processos de privatização na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
O PSDB reagiu ao entrar na Câmara dos Deputados com pedido de abertura de processo por crime de responsabilidade contra Lula. "É um despropósito (o pedido do processo), é um despudor democrático", disse Genoino, acrescentando que Lula "não ficou partidarizando denúncia contra A, B ou C".
"Isso é tempestade em copo d'água. (...) Portanto, eu acho que esses setores da oposição --não é toda oposição--, eles estão sem discurso porque o crescimento da economia está se confirmando, os indicadores sociais estão melhorando", disse Genoino.
"Nós não vamos antecipar o debate sucessório como querem setores da oposição", acrescentou.
RELAÇÃO COM PP
Em meio ao aumento de exigências por parte do PP por ter o comando da Câmara, o presidente do PT preferiu não fazer comentários sobre a reforma ministerial, que vem sendo estudada pelo presidente Lula, afirmando que "essa negociação é com o governo, não com o PT". Sobre a relação dos petistas com o PP, Genoino disse que seu partido "vai ter relação institucional e respeitosa com o novo presidente da Câmara".
"Uma coisa é o PP apoiar o governo Lula, outra coisa é se aproximar do PT. São coisas distintas. Nós temos relações com setores do PP, PMDB, PTB e PL e vamos continuar tendo. O PT quer melhorar essas relações dentro do Congresso Nacional."
Ainda mostrando ressentimento pela recente derrota de seu partido na Câmara dos Deputados para Severino Cavalcanti (PP-PE), Genoino enfatizou que os trabalhos serão no sentido de cumprir a agenda do governo, com destaque para a reforma política, que, segundo ele, precisa sair ainda este ano, antes das eleições presidenciais de 2006.
"Não podemos deixá-la (a reforma política) cair na inércia desta rotina burocrática dos partidos. Nós temos que tomar a iniciativa, se for o caso até propor um movimento de mobilização da sociedade civil em torno da reforma política (...) O sistema político brasileiro se esgotou. O que aconteceu na Câmara foi o último capítulo de um processo de exaustão com troca-troca de partidos", afirmou.
A visão de Genoino é que a agenda deste ano é simples e que o PT terá que fazer acordos pontuais para votar alguns projetos. "Temos maioria na Câmara, temos maioria no Senado, temos o aval da sociedade --é só ver as últimas pesquisas-- para cumprir essa agenda. Ela incomoda setores do PSDB, por isso que eles ficam artificializando um ambiente de conturbação", provocou.
O presidente do PT garantiu que, se depender dos petistas, o salário dos deputados não será elevado em mais de 60 por cento, como quer o novo presidente da Casa. "A bancada tomou posição contrária e se vai manifestar no voto."
Na última quinta-feira, em visita ao Espírito Santo, Lula afirmou que omitiu informações de supostas irregularidades em uma estatal que cuidou de processos de privatização na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
O PSDB reagiu ao entrar na Câmara dos Deputados com pedido de abertura de processo por crime de responsabilidade contra Lula. "É um despropósito (o pedido do processo), é um despudor democrático", disse Genoino, acrescentando que Lula "não ficou partidarizando denúncia contra A, B ou C".
"Isso é tempestade em copo d'água. (...) Portanto, eu acho que esses setores da oposição --não é toda oposição--, eles estão sem discurso porque o crescimento da economia está se confirmando, os indicadores sociais estão melhorando", disse Genoino.
"Nós não vamos antecipar o debate sucessório como querem setores da oposição", acrescentou.
RELAÇÃO COM PP
Em meio ao aumento de exigências por parte do PP por ter o comando da Câmara, o presidente do PT preferiu não fazer comentários sobre a reforma ministerial, que vem sendo estudada pelo presidente Lula, afirmando que "essa negociação é com o governo, não com o PT". Sobre a relação dos petistas com o PP, Genoino disse que seu partido "vai ter relação institucional e respeitosa com o novo presidente da Câmara".
"Uma coisa é o PP apoiar o governo Lula, outra coisa é se aproximar do PT. São coisas distintas. Nós temos relações com setores do PP, PMDB, PTB e PL e vamos continuar tendo. O PT quer melhorar essas relações dentro do Congresso Nacional."
Ainda mostrando ressentimento pela recente derrota de seu partido na Câmara dos Deputados para Severino Cavalcanti (PP-PE), Genoino enfatizou que os trabalhos serão no sentido de cumprir a agenda do governo, com destaque para a reforma política, que, segundo ele, precisa sair ainda este ano, antes das eleições presidenciais de 2006.
"Não podemos deixá-la (a reforma política) cair na inércia desta rotina burocrática dos partidos. Nós temos que tomar a iniciativa, se for o caso até propor um movimento de mobilização da sociedade civil em torno da reforma política (...) O sistema político brasileiro se esgotou. O que aconteceu na Câmara foi o último capítulo de um processo de exaustão com troca-troca de partidos", afirmou.
A visão de Genoino é que a agenda deste ano é simples e que o PT terá que fazer acordos pontuais para votar alguns projetos. "Temos maioria na Câmara, temos maioria no Senado, temos o aval da sociedade --é só ver as últimas pesquisas-- para cumprir essa agenda. Ela incomoda setores do PSDB, por isso que eles ficam artificializando um ambiente de conturbação", provocou.
O presidente do PT garantiu que, se depender dos petistas, o salário dos deputados não será elevado em mais de 60 por cento, como quer o novo presidente da Casa. "A bancada tomou posição contrária e se vai manifestar no voto."
Fonte:
24Horas News
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/356482/visualizar/
Comentários