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Bush deve convencer o Congresso de posição mais suave para o Irã
O presidente dos EUA, George W. Bush, que diz estar agora na "mesma sintonia" que a Europa sobre o Irã e pensa em considerar até a concessão de incentivos econômicos, deve convencer a um Congresso pouco propício a esta mudança de postura.
Bush descansa hoje, sexta-feira, em Washington depois de chegar ontem à noite de uma viagem de cinco dias pela Europa, na qual os EUA e seus aliados acordaram dar por finalizadas as tensões surgidas por causa da invasão do Iraque.
Se os europeus deram a autorização a uma missão da Otan para treinar as forças iraquianas, Bush fez concessões em outro dos grandes pontos de tensão na relação transatlântica: o programa nuclear do Irã.
Depois de assegurar que a União Européia (UE) e os EUA estão "na mesma sintonia" com relação ao Irã, Bush - que no entanto insiste que "todas as opções estão sobre a mesa" - apontou que poderia considerar alguns incentivos para que esse país renuncie a seu programa nuclear.
Entre estes incentivos, segundo fontes européias, p
oderia se encontrar a abertura do processo de negociações para que o Irã se incorpore à Organização Mundial do Comércio (OMC).
Em troca, os europeus poderiam estudar com os EUA que medidas adotar em caso de as negociações que desenvolvem com o Irã forem concluídas sem êxito.
"Vou regressar e pensar sobre as sugestões que ouvi e os caminhos pela frente (...) Esperamos poder alcançar uma solução diplomática para este esforço. É mais provável que consigamos isso estando todos na mesma sintonia", declarou Bush ontem, quinta-feira, em Bratislava.
O giro é muito significativo na política externa dos EUA, que até agora rejeitava qualquer possibilidade de incentivo ao Irã, com o argumento que premiaria a violação iraniana de seus compromissos internacionais.
Os Estados Unidos defendiam por outro lado levar o caso iraniano ao Conselho de Segurança da ONU para a imposição de sanções.
Washington dizia apoiar as negociações do Reino Unido, França e Alemanha com o Irã, mas a verdade é que as via com ceticismo e tinha recusado participar, apesar dos chamados europeus, que consideravam que a participação dos EUA permitiria impor mais pressão sobre Teerã.
Em suas declarações em Bratislava, Bush ressaltou que a delegação dos três países europeus representa a toda a UE e a Otan - incluindo os EUA- quando dialoga com os iranianos.
Mas depois de chegar a Washington, Bush deve agora tentar convencer da mudança de posição a um Congresso muito reticente, ainda mais desde o triunfo republicano nas eleições presidenciais de novembro passado, a aceitar qualquer conversação com o regime islâmico de Teerã.
E não apenas o Congresso. Em seu próprio governo, o vice-presidente, Dick Cheney, e o secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, são reticentes a aceitar iniciativas que possam insinuar qualquer tipo de aquiescência com o Irã.
Segundo declarou o analista de assuntos iranianos Ray Tekeyh, do Conselho de Relações Exteriores, Bush deve demonstrar um "compromisso sério" nesta mudança de postura.
Mas, especificou, "se quiser fazê-lo, provavelmente conseguirá", indicou o especialista.
Para convencer os "falcões", Bush deverá ter provas tangíveis da disposição dos europeus a tomar medidas e impor sanções ao Irã se este país rejeitar a oferta de provisão de combustível nuclear em troca do fim de seu programa para enriquecer urânio.
A secretária de Estado, Condoleezza Rice, debaterá a questão com os representantes europeus durante sua visita a Londres na próxima semana para participar da cúpula de assistência aos palestinos em 1° de março.
Embora o governo dos EUA tenha insistido que por enquanto não tem planos de atacar o Irã, em seu discurso sobre o Estado da União do dia 2, Bush citou esse país como um dos patrocinadores do terrorismo internacional.
Segundo publicou em janeiro a revista "The New Yorker", os Estados Unidos desenvolvem missões secretas dentro do Irã para espiar as instalações nucleares desse país.
Bush descansa hoje, sexta-feira, em Washington depois de chegar ontem à noite de uma viagem de cinco dias pela Europa, na qual os EUA e seus aliados acordaram dar por finalizadas as tensões surgidas por causa da invasão do Iraque.
Se os europeus deram a autorização a uma missão da Otan para treinar as forças iraquianas, Bush fez concessões em outro dos grandes pontos de tensão na relação transatlântica: o programa nuclear do Irã.
Depois de assegurar que a União Européia (UE) e os EUA estão "na mesma sintonia" com relação ao Irã, Bush - que no entanto insiste que "todas as opções estão sobre a mesa" - apontou que poderia considerar alguns incentivos para que esse país renuncie a seu programa nuclear.
Entre estes incentivos, segundo fontes européias, p
oderia se encontrar a abertura do processo de negociações para que o Irã se incorpore à Organização Mundial do Comércio (OMC).
Em troca, os europeus poderiam estudar com os EUA que medidas adotar em caso de as negociações que desenvolvem com o Irã forem concluídas sem êxito.
"Vou regressar e pensar sobre as sugestões que ouvi e os caminhos pela frente (...) Esperamos poder alcançar uma solução diplomática para este esforço. É mais provável que consigamos isso estando todos na mesma sintonia", declarou Bush ontem, quinta-feira, em Bratislava.
O giro é muito significativo na política externa dos EUA, que até agora rejeitava qualquer possibilidade de incentivo ao Irã, com o argumento que premiaria a violação iraniana de seus compromissos internacionais.
Os Estados Unidos defendiam por outro lado levar o caso iraniano ao Conselho de Segurança da ONU para a imposição de sanções.
Washington dizia apoiar as negociações do Reino Unido, França e Alemanha com o Irã, mas a verdade é que as via com ceticismo e tinha recusado participar, apesar dos chamados europeus, que consideravam que a participação dos EUA permitiria impor mais pressão sobre Teerã.
Em suas declarações em Bratislava, Bush ressaltou que a delegação dos três países europeus representa a toda a UE e a Otan - incluindo os EUA- quando dialoga com os iranianos.
Mas depois de chegar a Washington, Bush deve agora tentar convencer da mudança de posição a um Congresso muito reticente, ainda mais desde o triunfo republicano nas eleições presidenciais de novembro passado, a aceitar qualquer conversação com o regime islâmico de Teerã.
E não apenas o Congresso. Em seu próprio governo, o vice-presidente, Dick Cheney, e o secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, são reticentes a aceitar iniciativas que possam insinuar qualquer tipo de aquiescência com o Irã.
Segundo declarou o analista de assuntos iranianos Ray Tekeyh, do Conselho de Relações Exteriores, Bush deve demonstrar um "compromisso sério" nesta mudança de postura.
Mas, especificou, "se quiser fazê-lo, provavelmente conseguirá", indicou o especialista.
Para convencer os "falcões", Bush deverá ter provas tangíveis da disposição dos europeus a tomar medidas e impor sanções ao Irã se este país rejeitar a oferta de provisão de combustível nuclear em troca do fim de seu programa para enriquecer urânio.
A secretária de Estado, Condoleezza Rice, debaterá a questão com os representantes europeus durante sua visita a Londres na próxima semana para participar da cúpula de assistência aos palestinos em 1° de março.
Embora o governo dos EUA tenha insistido que por enquanto não tem planos de atacar o Irã, em seu discurso sobre o Estado da União do dia 2, Bush citou esse país como um dos patrocinadores do terrorismo internacional.
Segundo publicou em janeiro a revista "The New Yorker", os Estados Unidos desenvolvem missões secretas dentro do Irã para espiar as instalações nucleares desse país.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/357178/visualizar/
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