PPS apela para que Blairo permaneça

O PPS resolveu apelar, oficialmente, para que o governador Blairo Maggi permaneça na sigla. O presidente regional do partido, Roberto França, entrega hoje ao governador um manifesto assinado por diversas lideranças para que ele não migre para outra sigla. “Não abrimos mão de tê-lo conosco em 2006”, afirmou França durante uma reunião da Executiva.

De acordo com Roberto França, a idéia é que se acabe com as especulações em torno da possível saída de Maggi da sigla. O manifesto, elaborado pela Executiva do PPS, foi aprovado por aclamação, ontem à noite, no encontro que teve a presença de 90 pessoas, entre prefeitos, vice-prefeitos e deputados estaduais, além dos membros da Executiva. Roberto França pediu que os presentes assinassem o documento para mostrarem ao governador que não só a direção solicita a permanência dele, mas sim todos os pepessistas.

Recentemente, o governador cogitou a possibilidade de migrar para o PMDB, partido afinado com o presidente Lula, já que esta é a preferência de Maggi: continuar com essa afinação. No entanto, a direção do PPS estadual considera que é possível Maggi ficar sem ser prejudicado.

“O presidente nacional do partido já disse que fará de tudo para viabilizar a reeleição dele (governador). Não há porque sair quando todas as condições estão favoráveis a ele”, argumentou França para os que estiveram presentes na reunião de ontem, no auditório da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM).

No texto que será entregue logo mais ao governador, a direção destacou que “vários fatores fizeram que vencêssemos as eleições de 2002. Primeiro que o PPS é um partido que defende o novo, e, segundo, que Blairo Maggi é a representação da modernidade”. A decisão em elaborar o manifesto foi tomada em um encontro da direção no dia 11 de fevereiro. Além do governador, o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, foi alvo dos pedidos dos membros do partido. Ele também receberá um manifesto.

A Freire, foi solicitado que ele “lute junto ao Congresso Nacional no sentido de derrubar a verticalização”, diz trecho da redação. Para os pepessistas estaduais a verticalização engessa os partidos, obrigando-os a coligar em todos os estados e municípios de maneira idêntica, “apesar das realidades políticas serem em muitos casos completamente diferentes”. Segundo o esforço dos parlamentares e lideranças será primordial para o processo de derrubada da verticalização.