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Meio Ambiente
Quinta - 24 de Fevereiro de 2005 às 14:48

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São Paulo - Cientistas espanhóis provaram que um canabinóide, similar ao componente ativo da maconha, pode prevenir a perda de memória. Em experiências feitas em ratos, a substância reduziu a inflação cerebral associada à doença de Alzheimer.

A eficácia do canabinóide foi comprovada quando os ratos que receberam a substância e a proteína amilóide, que desencadeia o mal, puderam lembrar um caminho ensinado pelos cientistas dois meses antes. Segundo a agência Efe, os animais submetidos apenas à proteína amilóide não puderam lembrar o caminho.

Também foi constatado que o segundo grupo de ratos apresentava uma grande inflamação cerebral, inexistente naqueles tratados com o canabinóide.

Outra descoberta feita durante o estudo foi a característica dos receptores de canabinóide CB1 e CB2.

Ao comparar o tecido cerebral de pessoas que morreram de Alzheimer com o de pessoas sadias que morreram em idades parecidas, observou-se que os receptores de canabinóide estavam associados na doença a marcadores de ativação da micróglia, célula imune do cérebro.

O CB1 foi encontrado em todos os tipos de células do cérebro e os cientistas perceberam que sua ativação provoca os efeitos mentais do canabinóide. Já o CB2 só está presente na micróglia.

As células da micróglia são ativadas depois que a célula amilóide se acumula em depósitos denominados placas. Elas, por sua vez, geram uma inflamação que resulta na morte de neurônios, e na conseqüente perda de memória.





Fonte: Agência Estado

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