Brasileiros têm problemas nos testes da GP2

Os brasileiros Nelsinho Piquet e Xandinho Negrão, companheiros na Hitech Piquet Sports, foram prejudicados nesta quinta-feira no segundo dia de testes coletivos da GP2, último degrau antes da Fórmula 1, realizados no circuito de Paul Ricard, na França.

Em razão de um problema no sistema elétrico do modelo Dallara-Renault, Nelsinho, o mais rápido no primeiro dia, nem chegou a sentar no cockpit.

Já Xandinho Negrão, atual campeão sul-americano de Fórmula 3, conseguiu completar apenas oito voltas cronometradas.

Apesar da arrancada complicada, Xandinho disse que a adaptação aos cerca de 600 cavalos de potência do motor Renault-Mecachrome e à sofisticação tecnológica do carro da GP2 foi tranqüila.

"A diferença de potência em relação aos 245 HP da Fórmula 3 Sul-Americana não assustou porque andei recentemente com o Audi DTM, que tem 520 cavalos, e também porque eu já havia treinado com Formula Nissan", disse Xandinho.

"O que me chamou mais a atenção foi a eficiência dos freios de carbono e a aceleração. Agora, preciso andar mais para pegar a mão do carro e dos circuitos. Este, na realidade, é mesmo nosso objetivo inicial", lembrou.

Embora previstas, as dificuldades encontradas pelas equipes acabaram superando as expectativas das equipes. Além da parte elétrica, a Hitech Piquet Sports foi obrigada a corrigir também o mau funcionamento das molas traseiras e a demora de resposta do acelerador.

Nesta quinta-feira, os organizadores da nova categoria foram obrigados a fechar a pista e mandar os carros de volta para os boxes depois que uma asa traseira se soltou em plena reta Mistral.

Para evitar o risco de um acidente num ponto de alta velocidade, os treinos foram transferidos para uma variante mais curta e sinuosa.

Pela manhã, o norte-americano Scott Speed, da iSport, registrou a passagem mais rápida com o tempo de 1min21s180 no traçado de 4.100 metros. Já Xandinho virou o tempo de 1min24s264.