<b>Arcanjo não responde perguntas e frustra parlamentares</b>

João Arcanjo Ribeiro não respondeu às perguntas formuladas por senadores e deputados que fazem parte da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Banestado. Dois deputados e uma senadora foram até Montevidéu, no Uruguai, na semana passada para participar de uma audiência com Arcanjo. O acusado demonstrou interesse em colaborar com a justiça e solicitou que fossem apresentados documentos a ele para que pudesse responder ao interrogatório. Em contrapartida ele entregaria, por meio dos advogados dele, as respostas às perguntas referentes a operações financeiras realizadas pelas empresas dele no Brasil, Estados Unidos e Uruguai.

Advogados de Arcanjo entregaram os documentos à CPMI no domingo à noite. Havia apenas uma defesa, alegou que as operações financeiras foram legais e "atacou os processos judiciais", segundo o deputado federal José Mentor (PT-SP), que esteve no Uruguai e recebeu os documentos de Arcanjo. Mentor é o relator da CPMI do Banestado.

Com isso, o deputado finaliza o relatório da CPMI e o entregará ainda hoje ao senador Renan Calheiros, presidente do Senado Federal, e Severino Cavalcanti, presidente da Câmara dos Deputados.