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Politica Brasil
Terça - 22 de Fevereiro de 2005 às 10:49
Por: Jesiel Pinto

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Desde que assumiu a Secretaria de Estado de Saúde o secretário Marcos Henrique Machado vem imprimindo uma característica à sua gestão: cercar suas ações de um arcabouço legal para poder agir com melhor resolutividade. Continuando a seguir essa linha o secretário está submetendo à apreciação da Assembléia Legislativa de Mato Grosso (AL) três importantes projetos de leis. O primeiro propõe a criação do MT-Farma, uma fábrica de medicamentos alopáticos, homeopáticos e fitoterápicos. O segundo cria o Centro Integrado de Assistência Psicossocial (Ciaps) José Eduardo Vaz Curvo no município de Guiratinga, a 328 quilômetros de distancia da capital, na região Sul de Mato Grosso. E o terceiro pede a aprovação da AL para a criação do Hospital de Medicina Tropical Emília Moreno Sachetti. Marcos Machado disse que “os três projetos contemplam as áreas de assistência farmacêutica, saúde mental e doenças tropicais e visam consolidar ações de Saúde Pública determinadas pelo governador Blairo Maggi”.

O secretário justificou a proposta de criação do MT – Farma explicando que a fábrica ficará vinculada à Secretaria de Estado de Saúde com a finalidade de distribuir e dispensar remédios e insumos de saúde aos usuários do Sistema Único de Saúde em Mato Grosso.

Além de antibióticos, anti-hipertensivos, analgésicos, antiinflamatórios e vermífugos, a meta é produzir remédios para a aids, tuberculose, diabetes e até psicotrópicos, com denominações genéricas.“Buscamos otimizar custos, evitando-se a dependência de indústrias farmacêuticas, laboratórios e representantes comerciais de remédios, mediante produção própria de medicamentos garantidos aos usuários pelo SUS”, comentou. “Além disso, o MT-Farma se dedicará à pesquisa, podendo celebrar convênios e parcerias com entidades públicas e privadas que visem fortalecer o SUS”.

No caso do novo hospital especializado em saúde mental a necessidade surgiu da constatação de que o tratamento da doença mental no Estado de Mato Grosso é concentrado apenas no Centro Integrado de Assistência Psicossocial Adauto Botelho CIAPS, que fica em Cuiabá e está sobrecarregado devido a grande demanda de atendimento o que dificulta um tratamento efetivo e de qualidade para aqueles que residem no interior do Estado.

O CIAPS Sul, como já está sendo chamado no âmbito da Secretaria de Estado de Saúde, será instalado no Município de Guiratinga, mas atenderá toda a Região Sul do Estado, que possui grande demanda de pacientes com problemas mentais e comportamentais, bem como de dependentes químicos e, terá o objetivo de manter e recuperar a integridade física e mental, a identidade e a dignidade, a vida familiar, comunitária e profissional desses cidadãos, com respeito e dignidade que lhes são inerentes.

E, por último, o Hospital de Medicina Tropical Emília Moreno Sachetti: “Mato Grosso é um Estado com características físicas e climáticas que acarretam a incidência de doenças infecto-contagiosas e tropicais, como a malária, leishmaniose, hanseníase, doenças de chagas, tuberculose, e febre amarela”, lembrou o secretário explicando que “por não permitirem a aplicação de procedimentos, diagnósticos ou terapêuticos rentáveis e, por acometerem, em regra, a população de baixa renda, o tratamento dessas doenças não representa atrativo aos investimentos da iniciativa privada”.

Como o setor público fornece assistência médica para essa área, o que resulta uma maior demanda ao sistema público de saúde, torna-se necessário a disponibilização de estruturas físicas e humanas com adequada capacidade para o enfrentamento de doenças infecto-contagiosas e tropicais, o que ainda é precário em Mato Grosso. Machado garantiu que a “implantação do Hospital de Medicina Tropical no Estado de Mato Grosso realizará um atendimento especializado de doenças infecto-contagiosas e tropicais. Pretende-se que o Estado de Mato Grosso seja referência no tratamento deste tipo de doenças no Centro Oeste, pois a unidade estadual contará com atendimento por médicos especializados em doenças infecto-contagiosas e tropicais”.





Fonte: Assesoria/ses-mt

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