Antero diz que comissão só gastou e ajudou Arcanjo

Para o senador Antero Paes de Barros (PSDB), a Comissão Parlamentar de Inquérito - composta pela senadora Serys Slhessarenko e pelos deputados federais José Mentor e Eduardo Valverde, todos do PT - que foi até o Uruguai acompanhar o depoimento do bicheiro João Arcanjo Ribeiro nada está fazendo além de “passear com o dinheiro público e ajudar Arcanjo”. Segundo ele, documentos que o criminoso não poderia ter acesso lhe foram entregues.

O senador tucano ainda alegou que seu relatório, feito paralelamente ao oficial, sobre a CPMI do Banestado já contém informações suficientes e que por ele o bicheiro está condenado a 37 anos de prisão. Antero ainda criticou o relatório oficial feito por José Mentor, alegando que o mesmo “propõe anistia” para o criminoso.

As declarações foram dadas na tarde de ontem na Câmara Municipal de Cuiabá, quando Antero fez uma vista para sua correligionária Chica Nunes, presidente da Casa, e deu seu apoio para a transferência do Legislativo municipal para as antigas instalações da Assembléia.

Sobre as eleições de 2006, o tucano não poupou críticas ao governador Blairo Maggi (PPS) nem ao presidente Lula. Disse que o primeiro vive num paradoxo, já que as únicas coisas que deram certo em seu governo foram as estradas e a habitação. “Contudo Mato Grosso nunca esteve com estradas tão ruins, há um descolamento do governo federal. Fora isso, todo o resto não funciona”. Ele ainda disse que seu partido discute internamente entre os nomes de Rogério Salles e Nilson Leitão para a disputa contra Maggi.

Quanto a Lula, o senador alegou que “é um governo que deu errado”. Antero afirmou que os empregos prometidos não foram criados, o problema social não foi resolvido e que a fome continua. “A única coisa que é zero é a nota do governo. Os únicos pontos que estão funcionando ainda com precariedade são aqueles copiados da administração FHC”.

O tucano também solicitou da cúpula nacional que formalizem logo o nome do governador de São Paulo, Geraldo Alckmim, como pré-candidato à Presidência da República e defendeu que FHC dispute nas urnas a vaga deixada por Alckmim.